• Terça-Feira, 09 de Setembro de 2025

Moraes vota pela condenação de Bolsonaro e aliados

Bolsonaro deve responder pelos cinco crimes apontados pela Procuradoria-Geral da República (PGR)

Bolsonaro / Foto: divulgação

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), apresentou nesta terça-feira (9) seu voto no julgamento sobre o plano de golpe que teria buscado reverter o resultado das eleições presidenciais de 2022. Em manifestação que durou cerca de cinco horas, Moraes defendeu a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus.

Segundo o relator, Bolsonaro deve responder pelos cinco crimes apontados pela Procuradoria-Geral da República (PGR): abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. Para Moraes, o ex-presidente foi o líder do grupo que teria tramado a ruptura institucional.

Moraes vota pela condenação de Bolsonaro e aliados/Foto: Divulgação.
 

O ministro também votou pela condenação de Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); Almir Garnier, almirante de esquadra e ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa; e Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, candidato a vice-presidente em 2022.

No caso de Ramagem, Moraes não analisou dois dos crimes relacionados aos ataques de 8 de Janeiro — dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado — em razão de decisão da Câmara dos Deputados que suspendeu a análise desses pontos.

A exposição de Moraes foi dividida em 13 tópicos que descreveram, em ordem cronológica, a atuação da suposta organização criminosa. O ministro utilizou quase 70 slides para detalhar os argumentos de seu voto, que agora será analisado pelos demais ministros da Corte.

Fonte: CNN Brasil
 

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