Vereadora Dalva Mocó pede vista em projeto que tramita na Câmara de Picos há cinco meses
Mesmo o projeto estando na Câmara desde dia 9 de março, vereadora governista decidiu pedir vista
Dalva Mocó pede vista em projeto que tramita desde março / Foto: José Maria Barros
POR JOSÉ MARIA BARROS/INFORMA PICOS
Numa atitude sem precedentes na Câmara Municipal de Picos, a vereadora governista Francisca Celestina de Sousa, a Dalva Mocó (PTB); pediu vista em um projeto de lei que está tramitando na casa desde o início de março, ou seja, há cinco meses.
O fato lamentável aconteceu na última sessão ordinária da Câmara Municipal de Picos, ocorrida na quinta-feira passada, 12 de agosto, e gerou protestos da bancada de oposição, que acabou deixando o plenário.
A matéria em questão trata de projeto de lei do Executivo que cria o Fundo Especial dos Procuradores e Auditores Fiscais da Receita Municipal de Picos.
No momento da votação estavam presentes doze vereadores, sendo seis da oposição e seis da situação. Como o presidente da Câmara só vota em caso de empate, existia a probabilidade de que o projeto fosse retirado de pauta. Foi então que a vereadora governista Dalva Mocó resolveu intervir e pedir vista, mesmo a matéria estando à sua disposição para análise desde o dia 9 de março.
Tramitação
Assinado pelo prefeito de Picos Gil Marques de Medeiros, o Gil Paraibano (Progressistas) em 9 de março deste ano, o projeto de lei foi lido no plenário da Câmara de Vereadores na sessão do dia 11 do mesmo mês. Porém, nunca foi votado, mesmo tendo passado pelas comissões permanentes e recebido parecer técnico.
Segundo o Regimento Interno da Casa, o projeto de lei deveria ter sido colocado em votação na sessão de 25 de março, no entanto, foi retirado de pauta e engavetado pelo presidente da mesa diretora, Francisco das Chagas de Sousa, o Chaguinha (PTB), por um bom tempo.
O projeto de lei voltou à pauta no dia 15 de julho, última sessão do primeiro semestre antes do recesso parlamentar. Entretanto, quando seria colocado em votação o vereador de oposição José Rinaldo Cabral Pereira Filho, o Rinaldinho MDB) pediu vista.
Após o recesso parlamentar, o projeto de lei retornou a pauta na sessão de reabertura dos trabalhos da Câmara Municipal de Picos dia 5 de agosto. Entretanto, quando iria para votação, o vereador da situação Gilson Nunes (PTB) pediu vista e foi prontamente atendido pelo presidente da casa, Chaguinha (PTB).
A reportagem do Informa Picos apurou que o projeto de lei não foi bem recebido pelos vereadores, inclusive da situação e, caso seja colocado em votação corre sérios riscos de ser reprovado.
Projeto de lei
De acordo com o artigo 1º do projeto de lei, fica criado o Fundo Especial dos Procuradores e Auditores Fiscais da Receita Municipal de Picos.
O fundo tem por finalidade receber os recursos financeiros destinados ao rateio dos honorários administrativos, os quais pertencem ao Procurador-Geral, Subprocurador-Geral, Procuradores de Carreira do Município e Auditores Fiscais da Receita Municipal afetos à Administração Direta, sem prejuízo de seus vencimentos e demais vantagens, em efetivo exercício de suas funções.
De acordo com o parágrafo único do projeto, as receitas do Fundo Especial dos Procuradores e Auditores Fiscais da Receita Municipal de Picos não poderão ser revertidas, a qualquer título, ao Tesouro Municipal, mesmo depois de findado o exercício financeiro.
As receitas do fundo serão partilhadas mensalmente, sendo 100% destinados ao rateio, em partes iguais, entre o Procurador Geral do Município, Subprocurador-Geral, os Procuradores Municipais de Carreira e os Auditores Fiscais da Receita Municipal em atividade.
Para atender ao dispositivo dessa lei, fica o Poder Executivo Municipal autorizado a criar dotação orçamentária específica para o Fepam e, abrir créditos adicionais.
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