• Domingo, 19 de Maio de 2024

Vereadora Dalva Mocó pede vista em projeto que tramita na Câmara de Picos há cinco meses

Mesmo o projeto estando na Câmara desde dia 9 de março, vereadora governista decidiu pedir vista

Dalva Mocó pede vista em projeto que tramita desde março / Foto: José Maria Barros

POR JOSÉ MARIA BARROS/INFORMA PICOS

Numa atitude sem precedentes na Câmara Municipal de Picos, a vereadora governista Francisca Celestina de Sousa, a Dalva Mocó (PTB); pediu vista em um projeto de lei que está tramitando na casa desde o início de março, ou seja, há cinco meses.

O fato lamentável aconteceu na última sessão ordinária da Câmara Municipal de Picos, ocorrida na quinta-feira passada, 12 de agosto, e gerou protestos da bancada de oposição, que acabou deixando o plenário.

Dalva Mocó pede vista em projeto durante a votação/Foto: José Maria Barros.
 

A matéria em questão trata de projeto de lei do Executivo que cria o Fundo Especial dos Procuradores e Auditores Fiscais da Receita Municipal de Picos.

No momento da votação estavam presentes doze vereadores, sendo seis da oposição e seis da situação. Como o presidente da Câmara só vota em caso de empate, existia a probabilidade de que o projeto fosse retirado de pauta. Foi então que a vereadora governista Dalva Mocó resolveu intervir e pedir vista, mesmo a matéria estando à sua disposição para análise desde o dia 9 de março.

Pedido de vista gerou bate boca na Câmara de Picos/Foto: José Maria Barros.
 

Tramitação

Assinado pelo prefeito de Picos Gil Marques de Medeiros, o Gil Paraibano (Progressistas) em 9 de março deste ano, o projeto de lei foi lido no plenário da Câmara de Vereadores na sessão do dia 11 do mesmo mês. Porém, nunca foi votado, mesmo tendo passado pelas comissões permanentes e recebido parecer técnico.

Segundo o Regimento Interno da Casa, o projeto de lei deveria ter sido colocado em votação na sessão de 25 de março, no entanto, foi retirado de pauta e engavetado pelo presidente da mesa diretora, Francisco das Chagas de Sousa, o Chaguinha (PTB), por um bom tempo.

Presidente da Câmara retira projeto de pauta/Foto: José Maria Barros.
 

O projeto de lei voltou à pauta no dia 15 de julho, última sessão do primeiro semestre antes do recesso parlamentar. Entretanto, quando seria colocado em votação o vereador de oposição José Rinaldo Cabral Pereira Filho, o Rinaldinho MDB) pediu vista.

Após o recesso parlamentar, o projeto de lei retornou a pauta na sessão de reabertura dos trabalhos da Câmara Municipal de Picos dia 5 de agosto. Entretanto, quando iria para votação, o vereador da situação Gilson Nunes (PTB) pediu vista e foi prontamente atendido pelo presidente da casa, Chaguinha (PTB).

A reportagem do Informa Picos apurou que o projeto de lei não foi bem recebido pelos vereadores, inclusive da situação e, caso seja colocado em votação corre sérios riscos de ser reprovado.

Projeto foi lido em plenário dia 11 de março/Foto: José Maria Barros.
 

Projeto de lei

De acordo com o artigo 1º do projeto de lei, fica criado o Fundo Especial dos Procuradores e Auditores Fiscais da Receita Municipal de Picos.

O fundo tem por finalidade receber os recursos financeiros destinados ao rateio dos honorários administrativos, os quais pertencem ao Procurador-Geral, Subprocurador-Geral, Procuradores de Carreira do Município e Auditores Fiscais da Receita Municipal afetos à Administração Direta, sem prejuízo de seus vencimentos e demais vantagens, em efetivo exercício de suas funções.

Após pedido de vista sessão foi suspensa/Foto: José Maria Barros.
 

De acordo com o parágrafo único do projeto, as receitas do Fundo Especial dos Procuradores e Auditores Fiscais da Receita Municipal de Picos não poderão ser revertidas, a qualquer título, ao Tesouro Municipal, mesmo depois de findado o exercício financeiro.

As receitas do fundo serão partilhadas mensalmente, sendo 100% destinados ao rateio, em partes iguais, entre o Procurador Geral do Município, Subprocurador-Geral, os Procuradores Municipais de Carreira e os Auditores Fiscais da Receita Municipal em atividade.

Para atender ao dispositivo dessa lei, fica o Poder Executivo Municipal autorizado a criar dotação orçamentária específica para o Fepam e, abrir créditos adicionais.


Projeto está na Câmara desde o dia 9 de março/Foto: Reprodução.

 

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