• Sábado, 10 de Maio de 2025

Levantamento mostra aumento de moradores de rua no Piauí em 2025

A pesquisa aponta que dos 81% da população em situação de rua sobrevive com até R$ 109 por mês

Morador em situação de rua / Foto: São Paulo Invisível

O número de pessoas vivendo em situação de rua no Piauí voltou a crescer em 2025 e já soma 1.663 registros no estado, segundo levantamento do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua (OBPopRua), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Só em Teresina, capital piauiense, o número chegou a 1.219 pessoas, um aumento de 26% em pouco mais de um ano.

Os dados fazem parte do informe técnico de abril, divulgado no dia 14, com base em registros do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) do governo federal. Em dezembro de 2023, Teresina contabilizava 964 pessoas em situação de rua. Em março de 2025, esse número subiu para 1.219, um acréscimo de 255 pessoas nesse intervalo de 15 meses.

Morador em situação de rua/Foto: Divulgação.
 

Já no recorte estadual, o crescimento também foi constante. O Piauí tinha 1.616 registros em dezembro de 2023 e atingiu 1.663 em março deste ano. Embora o aumento percentual nesse período recente pareça modesto, a análise de séries históricas mostra que o número quase dobrou em relação a 2018, quando o estado tinha apenas 943 registros.

A capital piauiense também aparece no relatório entre as 12 capitais brasileiras que apresentaram aumento no número de pessoas vivendo nas ruas nos últimos anos, ao lado de outras como Rio de Janeiro, São Luís, Recife, Belém e Brasília.

Em nível nacional, o total de pessoas em situação de rua passou de 327.925 em dezembro de 2024 para 335.151 em março de 2025, revelando um aumento de 0,37% apenas no primeiro trimestre do ano.

Morador em situação de rua/Foto: Pixabay/Ben Kerc.
 

MDS se posiciona 

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) atribui parte do aumento à retomada da qualificação e atualização do CadÚnico, que havia sido fragilizada entre 2019 e 2022. O órgão aponta que a nova metodologia vem melhorando a precisão dos dados, mas alerta também para o impacto da precarização social e das políticas públicas insuficientes no combate à desigualdade.

A pesquisa também aponta que 81% da população em situação de rua no Brasil sobrevive com até R$ 109 por mês, e 52% não têm instrução ou não concluíram o ensino fundamental, número mais que o dobro da média da população geral, segundo o IBGE.

Fonte: Portal Clubenews

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