Relatório aponta que negros são quase 90% dos mortos em ações policiais no Piauí
As vítimas dessas ações são, em sua maioria, jovens negros, de baixa renda e com pouca escolaridade
Enterro de um jovem negro / Foto: Agência Brasil
Em 2024, 87,5% das pessoas mortas por ações policiais no Piauí eram negras, segundo o relatório Pele Alvo, da Rede de Observatórios da Segurança. Teresina concentrou 32% dos casos. As vítimas são, em sua maioria, jovens negros, de baixa renda e com pouca escolaridade.
Teresina teve o maior número de mortes por ação policial em 2024, com oito vítimas, o que representa 32% do total. Também houve mortes em Avelino Lopes, Campo Maior e Parnaíba (2 vítimas cada), além de Alto Longá e Aroazes (1 vítima em cada cidade).
No estado 87,5% dos mortos pela polícia eram negros. A Polícia Militar foi responsável por 80% das mortes registradas em 2024. Mais da metade das vítimas tinha até 29 anos. A faixa de 18 a 29 anos concentrou 44% dos casos. Dois adolescentes entre 12 e 17 anos também foram mortos.
Pesquisadores relacionam a violência policial à pobreza e à desigualdade. Segundo eles, o Estado atua de forma mais repressiva em áreas com menos acesso a recursos.
Segundo o relatório, a violência também afeta quem sobrevive. Jovens negros relatam que precisam adaptar rotinas, trajetos e até roupas para evitar abordagens policiais.
Fonte: g1-pi



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