Câmara de vereadores esquece problemas de Picos e promove festival de sessões solenes
A entrega de títulos de cidadania e homenagens a profissionais liberais vão dominar a pauta na casa
Câmara de Picos rejeitou projeto que reduzia valor da taxa de iluminação pública / Foto: José Maria Barros
POR JOSÉ MARIA BARROS/INFORMA PICOS
Indiferente aos problemas que afligem a comunidade, a Câmara Municipal de Picos tem optado por uma pauta mais direcionada a homenagens. Ao longo dos próximos dias, várias sessões solenes devem acontecer no plenário Pedro Barbosa da Silva, muitas delas por iniciativa do presidente da casa, Francisco das Chagas de Sousa, o Chaguinha (PTB).
Em 20 de agosto, a Câmara Municipal de Picos realizou sessão solene em homenagem ao Dia do Maçom. Em 26 do mesmo mês, sessão solene pela passagem do Dia do Advogado e em 30 de setembro, mais uma sessão solene, desta vez pelo Dia do Administrador.
Novas solenidades
Já estão em pauta ao menos duas sessões solenes para entrega de títulos de cidadania picoense. Até o final do semestre, ao menos outras três solenidades acontecerão no plenário Pedro Barbosa da Silva. Estas para comemorar a passagem do dia dedicado a uma categoria profissional, como, por exemplo, fisioterapeuta e engenheiro.
Em dezembro, por ocasião da passagem do 131º aniversário de emancipação política do município, a Câmara de Picos realizará mais uma sessão solene para entrega da Medalha do Mérito Legislativo. Dentre os homenageados deste ano estão o presidente do Crea/PI, Raimundo Ulisses Filho; presidente do Confrea, Joel Kruger e o assessor do confea, Marcelo Moraes.
Ainda neste semestre, a Câmara de Picos realizará duas sessões solenes para entrega de títulos de cidadania picoense. A primeira será no dia 15 deste mês e o homenageado o ex-ministro dos Transportes, João Henrique de Almeida Sousa.
Em novembro, será a vez do jornalista Antônio Lisboa da Silva, natural de Padre Marcos, receber o título de cidadão picoense em sessão solene. O projeto decreto legislativo é de autoria do presidente da casa, Francisco das Chagas de Sousa, o Chaguinha (PTB).
Contra o povo
Enquanto prioriza matérias de pouca relevância, a Câmara Municipal de Picos rejeitou projeto de lei de interesse da comunidade em geral. A iniciativa da bancada de oposição reduz em 25% o valor da taxa de iluminação pública cobrada mensalmente.
O projeto de lei foi colocado em votação no dia 15 de julho e rejeitado pelo plenário com cinco votos a favor e sete contra.
Votaram contra o projeto de lei que reduzia em 25% o valor da taxa de iluminação pública os vereadores Pedro Feitosa Pio (Progressistas), Antônio Marcos Gonçalves Nunes, o Toinho de Chicá (PP); Eriberto Leal de Barros Filho (PP), José de Arimateia Luz, o Maté (PP); Gilson Nunes de Alencar (PTB), Francisca Celestina de Sousa, a Dalva Mocó (PTB) e Filomeno Portela Richard Neto (PP).
A favor do projeto votaram os vereadores Hugo Victor Saunders Martins (MDB), José Luís de Carvalho (MDB), Valdívia Santos Martins (PT), José Rinaldo Cabral Pereira Filho, o Rinaldinho (MDB) e Francisco Wellington Gonçalves Dantas (PT).
Engavetado
Outro projeto de lei de interesse da comunidade foi engavetado pelo presidente da Câmara, Chaguinha (PTB). A matéria dispõe sobre a criação do Subsídio Social de Iluminação Pública.
De autoria do vereador José Luís de Carvalho (MDB), o projeto de lei concede descontos na contribuição de custeio da iluminação pública de Picos no período da pandemia.
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