Sindicalistas protestam contra PEC da Previdência proposta pelo Karnak
Protesto aconteceu em reunião tensa na Assembleia Legislativa do Piauí na manhã desta quinta-feira
Discussão da proposta gerou bate boca na Alepi / Foro: Reprodução
Reunidos na Assembleia Legislativa do Piauí, com deputados da base e da oposição, representantes de várias entidades sindicais ameaçaram “parar o Estado” em represália à proposta de alteração do Regime de Previdência Social elaborada pelo Palácio de Karnak. A reunião, tensa, aconteceu na presidência do parlamento estadual na manhã desta quinta-feira (05).
Os sindicalistas expressaram indignação principalmente com o fato de o parlamento ter aprovado regime de urgência para a tramitação da mensagem sem uma discussão aberta dos principais pontos da proposta.
“Queremos discutir de forma democrática com o governo do Estado do Piauí, com a Assembleia Legislativa. Hoje essa reunião foi para que nós pudéssemos tirar esse regime de urgência. Não é cabível isso; o governo federal trabalhou nove meses em uma previdência e o estado do Piauí vai trabalhar em uma semana”, disparou o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi), Kleiton Holanda, ao final do encontro.
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Piauí (Sinpolpi), Constantino Júnior cobrou do executivo paridade da categoria com relação aos militares, ao contrário do estipulado na reforma da previdência nacional.
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“A proposta previdenciária do governo Bolsonaro garantiu para os militares integralidade com lapso temporal indefinido. Para nós foi retirado. Nós queremos manter [na reforma estadual], pelo menos os policiais civis [com os mesmos benefícios dos militares]. Essa é a nossa luta. Vamos com os penitenciários, com os delegados para a gente formar uma proposta unificada e poder estar discutindo aqui e implementando essa proposta que chegou do governo”, armou o sindicalista.

“O pior é para os aposentados, porque a regra de isenção era até o teto do Regime Geral de Previdência: R$ 5.834. Agora o cálculo é um salário mínimo. Ou seja, por exemplo, professores e o pessoal da saúde agora vão pagar. Isso é muito prejudicial. O que nós queremos é que o governo faça um meio-termo”, completou Constantino. Revoltados, os representantes sindicais saíram da reunião prometendo mobilização, na próxima segunda-feira, para provocar a retirada do regime de urgência da PEC. O objetivo é tentar fazer com que a matéria só vá a plenário só em fevereiro de 2020, depois de ampla discussão com as categorias de servidores do Estado.
“Queremos, além da retirada do caráter de urgência, que essa matéria seja discutida só em fevereiro [de 2020] porque ela não pode ser debatida de forma simplificada, apressada, mas sim de forma responsável”, defendeu a deputada Lucy Soares (Progressistas).
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