• Segunda-Feira, 16 de Setembro de 2024

Ministros do STF e procuradores defendem saída de Moraes de caso sobre vazamento

Alexandre de Moraes enfrenta pressão interna para deixar relatoria de investigação em que é vítima

Ministro Alexandre de Moraes / Foto: divulgação

Uma ala do  Supremo Tribunal Federal (STF) e integrantes da Procuradoria-Geral da República (PGR) defendem que o ministro Alexandre de Moraes deixe a relatoria do inquérito que investiga o vazamento de mensagens entre servidores do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O principal argumento para essa posição é que, como Moraes é uma das vítimas do vazamento, não seria adequado ele conduzir a investigação nessa condição.

Fontes internas do STF expressaram desconforto com a exposição pública que o caso trouxe para a Corte. Um ministro, que preferiu não se identificar, comentou à CNN que existem duas alternativas: ou Moraes deixa a relatoria, ou ele conduz a investigação com maior discrição. No entanto, essa mesma fonte considera improvável que o ministro adote uma postura mais reservada, dado o estilo proativo de Moraes.

O inquérito ganhou destaque quando o jornal Folha de S.Paulo divulgou as mensagens vazadas, levantando a possibilidade de que Moraes, além de ser vítima, poderia ser um potencial denunciado se fossem identificadas irregularidades nas revelações. Essa situação, segundo algumas autoridades, comprometeria a imparcialidade do ministro.

O incômodo dentro do STF aumentou após o caso repercutir no exterior, com membros do Congresso dos Estados Unidos criticando a condução de inquéritos por Moraes, o que elevou a pressão interna para que ele deixe a relatoria.

Na PGR, alguns procuradores também sugerem que Moraes siga o exemplo de uma investigação anterior, na qual ele se afastou da relatoria ao apurar ofensas dirigidas a ele e sua família em um aeroporto em Roma.

Apesar das pressões, a opinião dentro do STF não é unânime. Uma fonte da Corte afirmou à CNN que não vê problema em Moraes continuar à frente da investigação, ressaltando que, nesta fase preliminar, não há grande diferença sobre quem conduz o inquérito. O debate central, segundo essa fonte, surgirá apenas se e quando uma denúncia formal for apresentada.

Fonte: CNN Brasil
 

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