• Domingo, 28 de Abril de 2024

Jornalista diz que Centrão está de olho no ministério ocupado por Wellington Dias

E ainda existem ministros como Alexandre Padilha que aceita a entrega do ministério para o Centrão

Ministro Wellington Dias / Foto: divulgação

O Centrão, ajuntamento de partidos políticos fisiológicos que tem maioria no Congresso, está de olho no Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil, ocupado pelo senador licenciado Wellington Dias, do PT.

A informação é da colunista Eliane Cantanhêde, de O Estado de São Paulo, que apontou a resistência da sociedade, de grande parte do governo e da mídia contra o alvo inicial da cobiça do Centrão, o Ministério da Saúde. 
Com a resistência à ocupação da área por partidos fisiológicos, a ministra Nísia Trindade, ex-presidente da Fiocruz na pandemia, foi “blindada”.

Restou ao ajuntamento fisiológico de deputados e senadores mudar de alvo, informa a jornalista.  Focado não nas ações e atribuições, mas no tamanho do orçamento da pasta ministerial, o “Centrão não desiste fácil e o passo seguinte foi trocar a Saúde pelo Desenvolvimento e Assistência Social”, diz a jornalista.

O ministério ocupado pelo senador piauiense tem um orçamento grande o bastante para satisfazer o apetite do Centrão, ainda mais depois com o Bolsa Família reforçado no novo governo. 

A jornalista diz que agora resta saber até que ponto o Planalto e os demais defensores de Nísia Trindade vão pegar em armas para defender o ministro Wellington Dias.

“Dias foi governador do Piauí por quatro mandatos, eleito senador pela segunda vez em 2022, presidiu o Consórcio Nordeste, que reúne os governadores de todos os Estados da região e... é do PT desde os 23 anos de idade. O PT vai deixar o companheiro no relento? E abrir mão de um ministério com tantos recursos e força política?”, pondera a colunista do Estadão.

Segundo ela, o senador do Piauí não estaria tão blindado quanto sua colega da Saúde, já que o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela indicação de Nísia para a Saúde e líder da sua defesa, até toparia a troca. 

O ex-governador do Piauí teria em seu favor o chefe da Casa Civil, Rui Costa, que é do Nordeste, foi governador da Bahia na época de Dias no Piauí e está na linha de frente de sua blindagem.

Liderando as tropas de ataque ao ministério ocupado pelo senador Wellington Dias estaria, conforme a informação da colunista do Estadão, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), “que está com a faca e o queijo na mão, principalmente nesta semana, com a votação de três projetos: Carf, arcabouço fiscal e reforma tributária.”

É moeda de troca demais favorecendo a posição de ataque do presidente da Câmara, pois, conforme mostra a jornalista, “quem conhece a política lembra que “Eduardo Cunha era mais inteligente, mas Arthur Lira é mais político”. 

Cunha era da guerra, foi até o fim no impeachment de Dilma Rousseff. Lira não quer guerra nem impeachment e sim ministérios, emendas, favores. Ele e Lula sabem conviver com inimigos. Logo, se a troca de Daniela Carneiro por Celso Sabino no Turismo agora vai, Wellington Dias que se cuide, como Nísia Trindade se cuidou. Até agora...”

Fonte: Portal AZ
 

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