Fome é tema da Campanha da Fraternidade de 2023
Campanha é promovida pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) desde ano de 1964
Cartaz da Campanha da Fraternidade / Foto: divulgação
A Campanha da Fraternidade de 2023 tem a fome como tema. O movimento, promovido pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) desde 1964, marca a Quaresma, período religioso entre o Carnaval e a Páscoa.
É a terceira vez que a fome é tema da Campanha promovida pela Igreja Católica. A volta se deve à urgência da situação no país. Segundo a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, mais de 33 milhões de pessoas estão em situação de fome no Brasil.
Além disso, após uma década, o país voltou a aparecer no Mapa da Fome divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU).
O tema escolhido pela CNBB tem o lema do Evangelho de Mateus “Dai-lhes vós mesmo de comer!”. A frase é dita por Jesus Cristo pouco antes do milagre da multiplicação dos pães e dos peixes para alimentar uma multidão.
Segundo a sede da CNBB, em Brasília, um dos objetivos deste ano é “propor aos fiéis um caminho de conversão para não ceder à cultura da indiferença frente ao sofrimento humano”.
A cerimônia de lançamento da Campanha da Fraternidade de 2023 aconteceu às 9 horas da manhã de hoje com uma Missa na Capela Nossa Senhora Aparecida, sede da CNBB, em Brasília.
Cartaz da campanha
O cartaz da Campanha revela, em primeiro plano, o mapa do Brasil, país considerado o celeiro do mundo. A CNBB procura mostrar a contradição entre os recordes anuais de produção de alimentos e os milhões de brasileiros que vivem em situação de insegurança alimentar. Por isso, o cartaz ilustra também as mãos que partilham, estimulando a solidariedade em forma de caridade durante o período da quaresma.
O texto da Campanha da Fraternidade explica que “o arroz e o feijão, alimento do povo, passam pelas mãos de homens e mulheres, de diversas religiões, etnias e lugares, que sabem que a solução do problema da miséria e da fome não está somente nos recursos financeiros, mas também na partilha fraterna”.
Nenhum comentário registrado para esta matéria. Seja o primeiro!