Fenaj e Sindjor-PI emitem nota de apoio ao jornalista Efrém Ribeiro
O repórter do Portal OitoMeia foi impedido por policiais de filmar capitão da PM depois de acidente
Nota de apoio ao jornalista Efrém Ribeiro / Foto: divulgação
Em uma nota em conjunto, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e o Sindicato dos Jornalistas do Piauí (Sindjor-PI) se manifestaram em apoio ao jornalista Efrém Ribeiro, após ter sido tratado de maneira bastante agressiva por um policial enquanto exercia a sua profissão, neste sábado (04/10), em frente à Central de Flagrantes, Centro de Teresina.
Como tem feito diariamente, como repórter que cobre quem chega e quem sai, diariamente, na frente da Central, Efrém fez a filmagem de um homem que estava sendo conduzido por policiais do Batalhão de Policiamento de Trânsito da Polícia Militar para a Central de Flagrantes da Polícia Civil.
O jornalista percebeu um movimento estranho, pois apareceram diversas pessoas consideradas da cúpula da Polícia Militar, inclusive o advogado da Associação dos Oficiais da Polícia Militar, Karol Wojtyla. Contudo, ninguém repassava a informação. Ao tentar flagrar o homem, como sempre tem feito, do lado de fora da Central de Flagrantes, o jornalista foi alvo de um dos policiais que levavam o preso.
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“Ei Efrém. Baixa isso aí”, disse o policial, de maneira bastante agressiva. Como Efrém não obedeceu, ele agiu com grosseria. “Baixa, eu tô mandando tu baixar e tu não baixa. Não pode”, continuou esbravejando o policial contra o jornalista, ainda bastante agressivo. Por pouco o equipamento de trabalho de Efrém Ribeiro não quebrou. Mesmo tendo que sair do local onde estava, ele buscou saber do que se tratava e porque somente este preso em específico não poderia ser filmado, mas ninguém informou.
Confira a seguir a nota da Redação do OitoMeia, que vai buscar providências em defesa de Efrém Ribeiro. E logo na sequência a nota divulgada pelo Sindjor e pela Fenaj, que vão oficializar o caso até a Secretaria Estadual de Segurança Pública do Piauí e ao Ministério da Justiça, para que as providências sejam adotadas contra atitudes violentas e de cerceamento ao exercício profissional do jornalista. Por fim, a informação completa sobre quem, de fato, os policiais tentavam esconder.
NOTA DA REDAÇÃO
O OitoMeia, através de sua assessoria jurídica, estará registrando uma representação criminal contra o policial e por sua conduta contra o jornalista Efrém Ribeiro. A direção deste veículo de comunicação entende que o policial tentou impedir o exercício legal da profissão. Além disso, a maneira agressiva, autoritária e desproporcional não representam uma maioria de bons homens que existem dentro das Polícias atuando no Piauí, sejam elas a Municipal, a Militar, a Civil, a Rodoviária, a Federal, entre outras.
NOTA DO SINDJOR / FENAJ
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Piauí (Sindjor-PI) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) vêm a público manifestar solidariedade ao jornalista Efrém Ribeiro, do portal OitoMeia, e condenar e repudiar veementemente toda e qualquer forma de agressão e censura ou cerceamento do exercício legal dos profissionais de imprensa junto à Central de Flagrantes de Teresina.
Neste sábado 4 de outubro de 2025, infelizmente, mais uma vez o jornalista do Portal OitoMeia, Efrém Ribeiro, durante o processo de cobertura e apuração, uma das etapas fundamentais do Jornalismo, foi cerceado de realizar o seu trabalho e teve um de seus instrumentos de trabalho, o celular, quase danificado de forma intencional por um agente público do Batalhão de Policiamento de Trânsito da Polícia Militar do Piauí BPTran.
A violência aconteceu quando o jornalista tentou filmar uma prisão conduzida à Central de Flagrantes da Polícia Civil pelos policiais do BPTran, de um homem, como faz com qualquer outra pessoa quando é conduzida até ao local. No momento, um dos policiais gritou pedindo para que as imagens não fossem registradas inclusive, utilizando palavras de “baixo calão” contra Efrém Ribeiro, mesmo este se encontrando do lado de fora.
Além de repudiar e lamentar o cerceamento do exercício do jornalismo pelo profissional do portal OitoMeia, o Sindjor-PI e a Fenaj irão encaminhar a denúncia à Secretaria Estadual de Segurança Pública do Piauí e ao Ministério da Justiça para que as providências sejam adotadas contra atitudes violentas e de cerceamento ao exercício profissional do jornalista.
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O OitoMeia apurou que os policiais em questão não queriam que Efrém Ribeiro registrasse a prisão do capitão da Polícia Militar do Piauí, Francisco Alves Costa, que foi conduzido à Central de Flagrantes de Teresina após se envolver em um acidente na Avenida Mirtes Melão, zona Sudeste de Teresina que deixou três pessoas feridas, sendo que uma delas ficou em estado grave, com traumatismo craniano. Ele estava com sinais de embriaguez e populares não o deixaram fugir.
Conhecido como Capitão Alves, ele foi levado pelos colegas de farda e, a pedido de alguém superior, segundo uma fonte, os policiais tentaram fazer com que a imprensa não descobrisse de quem se tratava. Contudo, Efrém Ribeiro fez o registro de sua chegada, mesmo tendo sido tolhido.
O jornalista José Ribas, foi quem primeiro descobriu, através de fontes, de quem se tratava. Capitão Alves ficou por um certo tempo na Central de Flagrantes e, já recuperado, foi liberado após pagar uma fiança de R$ 2 mil.
O OitoMeia entrou em contato com o comandante da Polícia Militar Scheiwann Lopes, que informou que Capital Alves responderá por “crime comum”. Segundo ele, o procedimento será levado para a Justiça Comum, além ter uma “apuração a cargo da polícia judiciária estadual” e que haverá a “abertura de procedimento pela corregedoria para averiguação de conduta do oficial previsto no Código de Ética da PM-PI”.
Fonte: Alisson Paixão/OitoMeia
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