• Quinta-Feira, 19 de Setembro de 2024

Alepi discute prejuízos causados pelo fechamento da fábrica Itapissuma

Audiência proposta pelo deputado estadual Warton Lacerda do PT será realizada no Plenarinho da Casa Legislativa nesta terça

Fábrica de cimento foi fechada em Fronteiras no dia 6 de março de 2017. / Foto: Divulgação

A Assembleia Legislativa do Piauí fará, na terça-feira (25), uma audiência pública para discutir o fechamento da fábrica de cimento Itapissuma, no município de Fronteiras (411 km de Teresina). A audiência, proposta pelo deputado estadual Warton Lacerda (PT), será realizada no Plenarinho da Casa Legislativa, a partir das 10 horas.

De acordo com Warton Lacerda, o fechamento da fábrica - que chegou a gerar mais de mil empregos diretos e indiretos na região e a produzir mais de 60 mil sacos de cimento por dia - representa um grande prejuízo para o Piauí. “Estamos falando de mais de mil famílias totalmente prejudicadas com o fechamento dessa fábrica. Precisamos entender as causas desse triste acontecimento, pois nosso Estado necessita bastante de empregos e da presença de investimentos da iniciativa privada”, comenta.

Foram convidados a participar da audiência uma comissão de ex-funcionários da Fábrica, além de empresários do setor, representantes do Grupo Nassau, da qual a Fábrica Itapissuma faz parte; além de representantes do Governo e da sociedade civil.

Impulso econômico

A instalação da fábrica de cimento em Fronteiras deu grande impulso ao desenvolvimento econômico e social do município e da região. A indústria está localizada na zona rural de Fronteiras, no limite com o município de Pio IX, próxima à localidade Quixaba, onde se encontra uma das maiores e melhores jazidas de mármore do mundo, comparada inclusive à de Carrara, na Itália.

A fábrica já foi apontada como uma das mais importantes do Nordeste e contribuiu para que Fronteiras alcançasse em 2012 o terceiro maior PIB per capita do Piauí (R$ 14.319,49). Quase igual, portanto, à média nacional (R$ 16.917,66) e mais de duas vezes maior do que a média estadual (R$ 6.051,10), conforme levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A sede do Grupo Nassau fica em Recife. Fundada por João Pereira dos Santos, patriarca da família, a marca homenageia o holandês Maurício de Nassau. O empresário João Santos - conhecido por "Seu Santos", como gostava de ser chamado - fundou um império que incluiu, além das fábricas de cimento, companhias de açúcar e papel, fazendas, empresas de comunicação (TV e jornal) e uma empresa de táxi aéreo. Ele faleceu em 2009 e seu império começou a entrar em dificuldades.

As onze fábricas do Grupo João Santos, todas iniciadas pelo prefixo “ita”, de origem Tupi e que significa pedra, estão distribuídas em 10 estados do Norte, Nordeste e Sudeste: Cibrasa (Capanema – PA), Itapuí (Barbalha – CE), Itabira (Cariacica – ES), Itaguassu (Nossa Senhora do Socorro – SE), Itapessoca (Goiana – PE), Itapetinga(Mossoró – RN), Itapicuru - Codó – MA), Itapissuma (Fronteiras – PI), Itautinga (Manaus – AM), Itacimpasa (Itaituba – PA) e Itaguarana (Ituaçu – BA).
 

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