A matemática do reajuste salarial no Governo de Rafael Fonteles

Texto é de autoria do Sindicato dos Agentes de tributos da Fazenda Estadual do Piauí (SINATFISCO)

Comparação do reajuste salarial / Foto: divulgação

Por deliberação da última Assembleia geral da categoria, ocorrida no último dia 23 de agosto, o Sindicato dos Agentes de tributos da Fazenda Estadual do Piauí (SINATFISCO) iniciou uma campanha publicitária, onde se estampa em vários meios de difusão, inclusive outdoors, a contradição do Governo de Rafael Fonteles (PT).

Um político que se diz progressista, representante dos trabalhadores, mas que pratica tamanha injustiça com a base trabalhadora do serviço público estadual, que almejava uma recomposição salarial em torno de 22%, para voltar a ter o mesmo poder de compra que se tinha antes da pandemia de covid-19, mas que só teve direito a apenas 5,35% de reajuste nos vencimentos, e somente a partir de maio de 2024, estabelecidos na Lei 8.316, de março de 2024.

Enquanto isso, a própria remuneração do cargo de Governador foi reajustada com aumento de 87,97%, sendo a maior parte já concedida em janeiro de 2023. E já tem novo aumento garantido para o ano de 2025, conforme consta na Lei nº 7.955, de janeiro de 2023. Esta mesma lei concede um aumento aos Secretários de Estado no patamar (acredite!) de 147,24%. E mais! Por resoluções internas do Governo, os cargos comissionados do alto escalão da gestão estadual tiveram aumento superior a 60%. Só quem ficou à mingua mesmo foram os servidores que compõem a base trabalhadora do serviço público piauiense.

“O SINATFISCO cumpre, portanto, o que foi estabelecido pela categoria em assembleia geral e continuará desenvolvendo ações com o intuito de sensibilizar o Governo a parar com essa protelação permanente e discutir, de fato, com resolutividade, as demandas dos Agentes de Tributos, apresentadas à Gestão desde março de 2023”, enfatiza o Presidente da entidade, Augusto Müller.