Servidores municipais protestam contra suspensão de sessão da Câmara de Picos
Servidores queriam a realização da sessão e rejeição do projeto de Reforma da Previdência Municipal
Servidores protestam contra Reforma da Previdência Municipal / Foto: José Maria Barros
POR JOSÉ MARIA BARROS/INFORMA PICOS
Vestidos de preto em sinal de luto, dezenas de servidores públicos municipais de Picos lotaram as dependências da Câmara de Vereadores para protestar contra a suspensão da sessão de votação da Reforma da Previdência.
A sessão extraordinária estava marcada para as 10 horas da manhã de hoje, mas, foi suspensa pela presidência da casa. Será marcada uma nova data para discussão e votação do projeto.
Na pauta estava o Projeto de Lei /complementar do Executivo, que modifica o Regime Próprio de Previdência Social do Município, de acordo com a Emenda Constitucional nº 103, de 2019. A matéria foi aprovada em primeira discussão no dia 3 de fevereiro, com o voto decisivo do vereador da oposição, José Luís de Carvalho (MDB).
Na sessão de hoje também seria votado em segunda discussão o Projeto de Lei que altera o artigo 50 da Lei Orgânica Municipal, em conformidade com a Emenda Constitucional número 103/2019.
Mobilização
A mobilização dos servidores municipais em torno do Palácio Senador Helvídio Nunes de Barros – sede do poder legislativo – começou cedo. Os manifestantes começaram a chegar por volta das 7h30 horas e somente deixaram o prédio quando já se aproximava do meio-dia e após protesto por causa da suspensão da sessão.
Utilizando um carro de som, os servidores se revezaram ao microfone para criticar a proposta de Reforma da Previdência do Executivo que tramita na Câmara de Picos desde agosto do ano passado.
O primeiro a falar foi o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Picos (Sindserm), João Antônio de Sousa, o Joãozinho. Ele falou da luta da categoria e cobrou da gestão um diálogo sobre o projeto em tramitação.
Também usaram a palavra servidores municipais e os vereadores da oposição presentes ao ato. Hugo Victor (MDB), Wellington Dantas (PT), Antônio Moura (PCdoB) e Valdívia Santos (PT).
O presidente do Sindserm João Antônio avaliou como positiva a participação dos servidores na manifestação e, garantiu que a categoria continuará mobilizada para que a proposta não seja aprovada da forma como foi enviada à Câmara.
“A gestão precisa procurar o sindicato para conversar, pois, os servidores são os verdadeiros interessados nessa causa. A partir dessa conversa e de um entendimento, acredito que não vai haver dificuldade para o projeto ser aprovado” – pontuou o presidente do Sindserm.
Para João Antônio, a melhor forma para que o projeto seja aprovado é a gestão sentar e conversar com o sindicato, debater e avançar alguns pontos. Caso contrário, ele acredita que será muito difícil a matéria passar na Câmara.
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