Servidores da educação estadual expressam insatisfação com governo Rafael Fonteles

Discursos falaciosos sem ações efetivas traduz o descompromisso do governo para com trabalhadores

Professores cobram pagamento do piso salarial / Foto: José Maria Barros

Trabalhadores da rede estadual de ensino, regional de Picos, divulgaram uma carta aberta endereçada ao secretário de Educação, Washington Bandeira, e à comunidade educativa, expressando sua insatisfação com o governo Rafael Fonteles (PT). 

Na carta, eles destacam preocupações com questões relacionadas à valorização profissional, reajustes salariais e condições de trabalho.

Uma das principais preocupações apontadas na carta é a falta de pagamento do reajuste linear na carreira dos professores desde 2020. Isso tem gerado um desequilíbrio na carreira do professor, já que a bonificação não é considerada como reajuste. 

Os servidores reivindicam o pagamento do reajuste do piso linear na carreira, tanto para ativos quanto para aposentados.

“Não se pode governar de costas para os professores aposentados”, enfatiza um trecho da carta aberta.

Além disso, os servidores expressam preocupação com a situação dos funcionários de escola, que também enfrentam desvalorização e negação de direitos. Eles destacam que a implementação de ações pela Secretaria de Educação (Seduc) sem as devidas condições adequadas não tem gerado resultados efetivos na qualidade da educação.

A carta ainda aborda a política da meritocracia como uma estratégia que, na visão dos servidores, demonstra falta de compromisso do governo com a educação pública. 

Eles argumentam que essa abordagem isola a escola do contexto social e atribui aos professores a responsabilidade pelos sucessos e fracassos dos estudantes.

“Sobre este último problema, é mais uma responsabilização que vai sobrar apenas para o professor - os sucessos e fracassos dos estudantes - isolando a escola totalmente do seu contexto social”, cita o documento sobre as gratificações implementadas pelo governo para alunos e professores destaque.

Os servidores enfatizam a importância do diálogo e expressam disposição para negociar soluções concretas. Eles afirmam que a educação de qualidade depende da valorização dos profissionais e de condições dignas de trabalho. 

Além disso, reafirmam seu compromisso com a qualidade da educação, incluindo a defesa da merenda de qualidade, transporte escolar seguro e escolas estruturadas e bem equipadas.

“Postura dos discursos falaciosos sem ações efetivas traduz o descompromisso do governo para com a classe trabalhadora”, diz outro trecho do documento.

Fonte: Portal AZ