• Sexta-Feira, 16 de Maio de 2025

Professores do IFPI rejeitam proposta do governo e mantêm a greve

O acordo proposto foi integralmente negado pelo Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior

Campus do IFPI em Teresina / Foto: divulgação

Os professores do Instituto Federal do Piauí (IFPI) decidiram manter a greve após rejeitarem a nova proposta de reajuste salarial apresentada pelo Governo Federal nesta segunda-feira (27). A proposta previa o pagamento do reajuste em duas parcelas: 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026. Segundo o Governo, a valorização da carreira docente até 2026 representaria um aumento de cerca de 28,2%, com um incremento de 43% para o estágio inicial da carreira, superando a inflação projetada para o período 2023 a 2026, que varia de 15% a 18%.

A proposta foi considerada “problemática” e abertamente negada pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), que apontou a falta de reajuste para o ano de 2024 como um ponto crítico. No Piauí, os professores do IFPI, representados pelo Sindicato dos Docentes do IFPI (Sindifpi), decidiram continuar a greve. João Farias, coordenador geral do Sindifpi, afirmou que a proposta do governo não tinha legitimidade e que a greve seria fortalecida para pressionar o governo.

“Os dois grandes sindicatos nacionais que representam essas duas categorias, o ANDES-SN e o Sinasef, rechaçaram a proposta e se negaram a assinar enquanto estavam na mesa com o governo, exigindo [...] Esse é mais um momento de negociação que o governo quer acabar de forma unilateral [...] Então eles não têm legitimidade, a greve continua, nós vamos fortificar, pressionar ainda mais o governo”, declarou João Farias.

A proposta do governo federal incluía um aumento de 13,3% a 31% até 2026, começando em 2025. No entanto, essa oferta foi rejeitada. O professor Kelson Vieira apresentou uma análise detalhada da proposta, destacando os pontos críticos e as diferenças de ganho real entre os professores, além da ausência de benefícios reais para os professores aposentados.

“Foram expostos pontos críticos da proposta e as possíveis consequências para a carreira docente, destacando a necessidade de uma análise, posicionamento e deliberação diante da insatisfação da categoria com os índices. Os participantes debateram a proposta questionando os percentuais oferecidos pelo governo, as diferenças de ganho real entre os professores, bem como o fato de que a proposta não abarca de forma real os aposentados”, explicou Kelson Vieira.

A ADUFPI realizará hoje, terça-feira (28), uma assembléia geral para discutir a deflagração da greve. A greve nacional, iniciada em 15 de maio, busca reajustes salariais para a classe docente.

Fonte: ANDES-SN

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