• Sábado, 11 de Maio de 2024

Presos policiais rodoviários federais acusados pela morte de Genivaldo

Presos os agentes Kleber Nascimento Freitas, Paulo Rodolpho Lima Nascimento e William de Barros

Kleber Nascimento Freitas, Paulo Rodolpho Lima Nascimento e William de Barros estão presos / Foto: divulgação

Os três agentes da Polícia Rodoviária Federal envolvidos na morte de Genivaldo de Jesus Santos, durante uma abordagem em 25 de maio, na BR-101, no município de Umbaúba (SE), foram presos. Eles estão no Presídio Militar de Sergipe. A informação é da Justiça Federal de Sergipe, que decretou a prisão preventiva dos policiais ontem. Genivaldo foi morto por asfixia no porta-malas da viatura.

O decreto foi feito pela 7ª Vara Federal em Sergipe – Subseção Judiciária de Estância. O magistrado titular, Rafael Soares Souza, proferiu decisão após representação do Ministério Público Federal no estado pela prisão dos réus e denúncia dos policiais pelos crimes de abuso de autoridade, tortura e homicídio qualificado.

A custódia cautelar tem o objetivo de garantir a ordem pública e instrução do processo. Os mandados de prisão foram cumpridos pela Polícia Federal na manhã de hoje. Também hoje, foram realizados o exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) e a audiência de custódia, após a qual os réus foram encaminhados ao presídio, onde aguardarão por julgamento.

Genivaldo foi morto em abordagem da PRF/Foto: Divulgação.
 

Os três policiais rodoviários federais presos preventivamente são: William de Barros Noia, Kleber Nascimento Freitas e Paulo Rodolpho Lima Nascimento. Eles participaram da ação, sendo indiciados pela PF (Polícia Federal) por abuso de autoridade e homicídio qualificado por asfixia e sem meios de defesa.

Relembre o caso

Genivaldo foi abordado em uma blitz da PRF (Polícia Rodoviária Federal) em maio deste ano, enquanto pilotava sua moto na BR-101, em Umbaúba (SE). Segundo os policiais, ele estaria sem capacete. Ao ser questionado, teria tentado explicar que tomava remédios para distúrbios psiquiátricos, o que foi confirmado pelo sobrinho que o acompanhava, Wallison de Jesus.

Ao chamar reforços, os policiais começaram uma série de agressões. Genivaldo foi jogado em um porta-malas da viatura da PRF, sob fumaça intensa. A cena foi registrada em vídeo pelos celulares de testemunhas presentes.

Pelas frestas da porta traseira, mantida semifechada, é possível ver fumaça escapando, enquanto se pode notar, na parte de baixo, as pernas do homem balançando em desespero, enquanto ele grita no interior da viatura.
 

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