Prefeitura de Picos gasta R$ 88 mil mensais com gerenciamento do Lixão do Valparaíso
Gerenciamento do lixão é feito por uma empresa contratada pelo município em junho passado ao valor de R$ 619.753,61
Contrato foi celebrado com Prefeitura de Picos / Foto: José Maria Barros
Por José Maria Barros
Em meio ao sofrimento dos moradores atingidos por uma fumaça densa e tóxica desde o último domingo, 28, a Prefeitura de Picos mantém um contrato mensal de R$ 88.536,23 com uma empresa responsável pelo gerenciamento do Lixão do Valparaíso, denominado erroneamente de aterro sanitário.
O contrato no valor total de R$ 619.753,61 foi assinado no dia 13 de junho entre a Prefeitura Municipal de Picos e a empresa Vagner Leal Ibiapino-ME (Concretize Construtora), que fica situada a rua Marcos Parente, 340, centro.

A vigência do contrato, cuja licitação foi realizada através da modalidade pregão presencial, vai até 31 de dezembro de 2019, sendo que o valor mensal é de R$ 88.536,23. A cópia do extrato de contrato assinada pela pregoeira Jaciara Batista Gomes foi publicada no Diário Oficial dos Municípios, edição do último dia 17 de junho, página 232.
O objeto da licitação foi à contratação de empresa para gerenciamento do aterro sanitário de Picos, sendo o contratante o município, através da Secretaria de Serviços Públicos. Fonte de recursos FPM, ICMS, ISS, IPVA, IPTU, arrecadação e outras receitas próprias.
Questionamento
A presidente da Associação de Moradores do Valparaíso, professora Rosilene Moura questionou a gestão sobre os critérios para se ganhar uma licitação. Segundo ela, para uma empresa gerenciar um lixão como aquele precisa ser altamente qualificada, com materiais adequados e pessoas preparadas pra isso.
“Eu perguntei ao Airton [Secretário Municipal de Serviços Públicos] se essa empresa que hoje está gerenciando o Lixão do Valparaíso ela já tem serviço prestado em outros aterros pra gente saber. Qual é, ela tem experiência? Mas, pelo que a gente pode vê, eles não têm experiência nenhuma” – afirmou.
Rosilene Moura disse ainda que a empresa não tem estrutura. De acordo com ela, o maquinário que existe dentro do lixão que diz que é da empresa é apenas uma retroescavadeira e um trator esteira, os carros pipas que ajudaram na contenção do fogo são da Prefeitura de Picos e de cidades vizinhas.
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Cópia do extrato de contrato/Foto: José Maria Barros.
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