Governo Rafael Fonteles paralisa e abandona construção da Regional de Educação em Picos

Situada no centro da cidade, a obra foi paralisada ultima vez no mês de setembro e está abandonada

Obra se encontra em completo abandono / Foto: José Maria Barros

POR JOSÉ MARIA BARROS/INFORMA PICOS

Numa demonstração de desprezo pela comunidade picoense, o governo do estado paralisou e abandonou a obra de construção da sede da 9ª Gerência Regional de Educação (GRE), em Picos. A decisão contrasta com a propaganda oficial

Localizado no cruzamento das ruas Osvaldo Cruz com Monsenhor Hipólito, o prédio inacabado se encontra em completo abandono, inclusive, sem vigilância. Os vizinhos estão preocupados e temem que o espaço seja utilizado por usuários de drogas.

Na última terça-feira, 12 de dezembro, a reportagem do Informa Picos adentrou ao prédio e registrou através de imagens, a situação de abandono em que o mesmo se encontra. Restos de materiais espalhados e o mato já tomando conta do local.

Retomada no final da gestão anterior após um longo período, a obra inacabada foi paralisada em setembro último, ou seja, no nono mês do governo Rafael Fonteles (PT). Por enquanto não existe nenhuma previsão de quando o serviço será recomeçado e quando será concluído.

Em visita ao prédio inacabado no dia 21 de setembro último, o conselheiro do Fundef e diretor do Sinte estadual, Fábio Matos, disse que a obra já deveria ter sido concluída. 

“Visitamos o prédio da 9ª GRE e é lamentável vê a obra parada! Já foram aportados mais de dois milhões de reais e atualmente a construção está paralisada, levando a gastos desnecessários” – ressaltou o conselheiro do Fundef, Fábio Matos.

Segundo a placa afixada em frente ao local onde funcionava a 9ª GRE, a obra vai custar aos cofres públicos à importância de R$ 1.790.371,67. Esse valor é R$ 971.665,51 a mais do que o primeiro contrato para execução do serviço, celebrado em fevereiro de 2021, que era de R$ 818.716,16.

A empresa responsável pela execução da obra é a M. Rodrigues Resende Ltda, com sede em Teresina, que tinha um prazo, já extrapolado, de 300 dias para conclusão do serviço.

O antigo imóvel foi condenado pela Defesa Civil e pelo Corpo de Bombeiros no início de 2015 e o prédio desocupado em janeiro de 2016. A partir de fevereiro do mesmo ano, a 9ª GRE passou a funcionar provisoriamente em três salas cedidas pela Escola Normal e Oficial de Picos e, passados mais de sete anos até hoje se encontra lá sem prazo de sair.

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