Desembargadores viram alvos da PF por venda de sentenças e corrupção
PF investiga um esquema de lavagem de dinheiro, extorsão e uso de advogados para ocultar propinas
Desembargadores suspeitos de participar do esquema / Foto: Reprodução
Cinco desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS) foram afastados dos cargos por suspeitas de participação em um esquema de venda de sentenças e corrupção.
A Operação Última Ratio, deflagrada nesta quinta-feira (24) pela Polícia Federal, apura crimes como lavagem de dinheiro, extorsão e falsificação, além da atuação de uma organização criminosa envolvendo advogados, empresários e servidores públicos.
Todos os investigados deverão usar tornozeleira eletrônica e estão proibidos de acessar o tribunal e de manter comunicação entre si.
Entre os desembargadores afastados está Sérgio Fernandes Martins, presidente do TJ-MS, além de Vladimir Abreu da Silva, Alexandre Aguiar Bastos, Sideni Soncini Pimentel e Marcos José de Brito Rodrigues. A decisão de afastamento, válida por 180 dias, foi autorizada pelo ministro Francisco Falcão, relator do caso no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Durante a operação, foram cumpridos 44 mandados de busca e apreensão em Campo Grande, Brasília, São Paulo e Cuiabá, com o apoio da Receita Federal. Nos locais vistoriados, foram apreendidos quase R$ 3 milhões em dinheiro vivo na casa do desembargador aposentado Júlio Roberto Siqueira Cardoso, além de documentos, computadores e armas. A investigação aponta que advogados, especialmente filhos dos magistrados, eram usados para disfarçar o caminho do dinheiro obtido com propinas.
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul se manifestou, em nota, afirmando que as determinações judiciais estão sendo cumpridas sem afetar os serviços prestados à população e reforçando que o direito de defesa será garantido a todos os envolvidos.
Fonte: Com informações do Correio Braziliense
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