Veja imagens: sede da Regional de Educação em Picos se transforma em depósito de entulho e lixo
Paralisada no nono mês do governo Rafael Fonteles (PT), a obra no centro de Picos está abandonada
Prédio da 9ª GRE em Picos vira depósito de lixo e entulho / Foto: José Maria Barros
POR JOSÉ MARIA BARROS/INFORMA PICOS
O que era para ser um prédio moderno e espaçoso localizado no centro de Picos, virou um depósito de entulho e de lixo. Trata-se da sede da nona Gerência Regional de Educação, cuja obra foi paralisada e abandonada pelo governo Rafael Fonteles (PT) em setembro do ano passado.
A reportagem do Informa Picos esteve na tarde desta segunda-feira, 18 de março, no prédio abandonado e constatou que o local se transformou num depósito de entulho e lixo.
O prédio abandonado e sem vigilância também está tomado pelo mato e, até mesmo a placa com as informações sobre a obra está caída no chão junto a um amontoado de lixo e restos de material de construção.
Localizado no cruzamento das ruas Osvaldo Cruz com Monsenhor Hipólito, centro de Picos, o prédio inacabado se encontra em completo abandono, inclusive, sem vigilância. Os vizinhos estão preocupados e temem que o espaço seja utilizado por usuários de drogas.
Dinheiro público jogado no ralo
Retomada no final da gestão anterior após um longo período, a obra inacabada foi paralisada em setembro do ano passado, ou seja, no nono mês do governo Rafael Fonteles (PT). Por enquanto não existe nenhuma previsão de quando o serviço será recomeçado e muito menos se algum dia vai ser concluído.
Em visita ao prédio inacabado no dia 21 de setembro do ano passado, o conselheiro do Fundef e diretor do Sinte estadual, Fábio Matos, disse que a obra já deveria ter sido concluída.
“Visitamos o prédio da 9ª GRE e é lamentável vê a obra parada! Já foram aportados mais de dois milhões de reais e atualmente a construção está paralisada, levando a gastos desnecessários” – ressaltou o conselheiro do Fundef, Fábio Matos.
Segundo a placa anteriormente afixada em frente ao local onde funcionava a 9ª GRE e, hoje jogada ao chão junto a restos de material de construção, a obra iria custar aos cofres públicos à importância de R$ 1.790.371,67. Esse valor é R$ 971.665,51 a mais do que o primeiro contrato para execução do serviço, celebrado em fevereiro de 2021, que era de R$ 818.716,16.
De acordo com o último contrato, a empresa responsável pela execução da obra é a M. Rodrigues Resende Ltda, com sede em Teresina, que tinha um prazo, já extrapolado, de 300 dias para conclusão do serviço.
O antigo imóvel foi condenado pela Defesa Civil e pelo Corpo de Bombeiros no início de 2015 e o prédio desocupado em janeiro de 2016. A partir de fevereiro do mesmo ano, a 9ª GRE passou a funcionar provisoriamente em três salas cedidas pela Escola Normal e Oficial de Picos e, passados mais de sete anos até hoje se encontra lá sem prazo de sair.
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