Sindicato aciona Ministério da Justiça para investigar PRF que tomou celular de jornalista

Efrém Ribeiro teve seu aparelho tomado neste sábado, 17, nas proximidades da Central de Flagrantes

Episódio aconteceu em Teresina / Foto: divulgação

O presidente do Sindicato dos Jornalistas do Piauí (Sindjor-PI), Luiz Carlos Oliveira, repudiou a ação de um agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF-PI) que tomou o celular do jornalista Efrém Ribeiro, em pleno exercício da profissão. O caso ocorreu na tarde deste sábado, em via pública ao lado da Central de Flagrantes de Teresina, no momento em que o profissional gravava uma reportagem para o Portal OitoMeia.

Com sua dedicação muito peculiar a profissão, Efrém Ribeiro já trabalhou em emissoras de TVs, rádios, jornais impressos, foi correspondente de veículos nacionais como a Folha de São Paulo, e atualmente trabalha na cobertura policial para portal de notícias OitoMeia.

Luiz Carlos falou que ação do policial federal foi lamentável e condenável, além de afirmar que vai acionar o Ministério da Justiça para que investigue a ação do agente público.

"Lamentável e condenável porque o exercício profissional da imprensa é um direito constitucional. Cercear é uma agressão ao trabalho do jornalista que tem o compromisso de informar bem e com responsabilidade aos cidadãos. Hoje temos, em nível nacional, o Observatório Nacional do Ministério da Justiça, para que a Federação Nacional dos Jornalistas, FENAJ, acione o observatório para que o caso seja investigado", declarou o presidente do Sindjor-PI.

Entenda o caso

O jornalista filmava o desembarque de um preso que estava sendo conduzido pela PRF para a Central de Flagrantes de Teresina, quando o policial afirmou que o jornalista não poderia filmar a ação. Então, Efrém Ribeiro se afasta da viatura e filma a ação policial de longe, mas nesse momento o agente público se direciona até o jornalista e de forma abrupta toma o celular da sua mão.

O Sindjor-PI e a Fenaj emitiram nota de repúdio.