• Quarta-Feira, 29 de Maio de 2024

Políticos detonam fala de Bolsonaro na Cúpula do Clima

As falas do presidente brasileiro aos líderes mundiais foram criticadas por entidades e personalidades políticas de espectros e partidos diferentes

Discurso de Bolsonaro é alvo de críticas / Foto: divulgação

Deputados, senadores e políticos de todo o país repercutiram, nesta quinta-feira (22), as declarações do presidente Jair Bolsonaro na Cúpula de Líderes sobre o Clima. No discurso, Bolsonaro se comprometeu a zerar a emissão de gases poluentes no país até 2050, entre outras promessas. Ao mesmo tempo em que recebeu elogios de apoiadores, as falas do presidente brasileiro aos líderes mundiais foram criticadas por entidades e personalidades políticas de espectros e partidos diferentes.

O vice-presidente da Câmara, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), divulgou um vídeo no qual pede que o discurso do presidente "seja transformado em uma nova prática do Ministério do Meio Ambiente". Apesar de adotar um tom mais neutro, o vice-presidente da Casa também fez críticas. "Os compromissos firmados no discurso do presidente Bolsonaro na Cúpula do Clima são tão ousados quanto contraditórios com o que foi executado na política ambiental do país até aqui", disse.

"O compromisso de neutralidade climática até 2050 e de zero desmatamento ilegal até 2030, o compromisso com a bioeconomia e o compromisso com a regulação do mercado de carbono são fundamentais para um futuro sustentável e para o resgate da confiança dos organismos internacionais na política ambiental do nosso país", acrescentou o vice-presidente da Casa.

O presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e o senador Cid Gomes (PDT-CE) fizeram críticas mais duras ao discurso do presidente. "Enquanto outros países se comprometem com avanços na área ambiental, o presidente apresenta discurso sem conteúdo e compromisso com o Meio Ambiente. Fala de ações que não são do seu governo e nega o desmatamento recorde que estamos tendo", apontou o senador Wagner, no Twitter. Já Cid disse que o presidente transforma o país em "pária mundial". Veja: 

No Twitter, o deputado federal Marcelo Freixo (Psol-RJ), líder do Bloco da  Minoria na Câmara, chamou o presidente de "cínico e mentiroso" e fez um compilado de publicações para "desmentir ponto por ponto o discurso de Bolsonaro". "[O discurso] é mais um vexame global brasileiro, que passou de referência na luta pela preservação à pária que transformou a proteção dos interesses de criminosos destruidores do meio ambiente em política de Estado", escreveu Freixo, na rede social.
Veja os argumentos do parlamentar: 

O líder da oposição na Câmara, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), também reagiu com críticas às declarações de Bolsonaro. Para ele, o discurso do presidente foi "totalmente descolado da realidade". "Mais uma vez, Bolsonaro escolheu mentir para o mundo todo", escreveu, no Twitter. 

O deputado Orlando Silva (PCdoB - SP), e a deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS) também fizeram críticas ao discurso e chamaram a atenção para o fato do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ter saído da reunião assim que o presidente brasileiro começou a falar. "É significativo do grau de desmoralização do país perante o mundo", escreveu Orlando Silva, no Twitter. Veja: 

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), foi outro a criticar as falas do presidente Bolsonaro na Cúpula. "Minutos que Bolsonaro usou na Cúpula de Líderes deviam ter sido destinados ao anúncio de medidas imediatas e a reforçar propostas concretas, a exemplo do mecanismo REDD+, com garantia de recursos para comunidades tradicionais e povos originários. Além de um Green Deal brasileiro", escreveu Dino, no Twitter. Veja: 

No Twitter, o deputado federal Marcelo Freixo (Psol-RJ), líder do Bloco da  Minoria na Câmara, chamou o presidente de "cínico e mentiroso" e fez um compilado de publicações para "desmentir ponto por ponto o discurso de Bolsonaro". 

"[O discurso] é mais um vexame global brasileiro, que passou de referência na luta pela preservação à pária que transformou a proteção dos interesses de criminosos destruidores do meio ambiente em política de Estado", escreveu Freixo, na rede social.
 

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