• Quarta-Feira, 12 de Março de 2025

PGR denuncia Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado

A acusação será analisada pela Primeira Turma do STF, que decidirá se ex-presidente se tornará réu

Bolsonaro é denunciado pela PGR / Foto: divulgação

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-ministro Braga Netto e mais 32 pessoas por participação em uma trama golpista para mantê-lo no poder após ser derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022. 

A denúncia foi oferecida pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, e será apreciada pela Primeira Turma da Corte após ser liberada pelo relator, ministro Alexandre de Moraes.

De acordo com a acusação, Bolsonaro cometeu os crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição do estado democrático de direito, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

Bolsonaro é denunciado pela PGR/Foto: Divulgação.
 

"A responsabilidade pelos atos lesivos à ordem democrática recai sobre organização criminosa liderada por Jair Messias Bolsonaro, baseada em projeto autoritário de poder", escreveu Gonet, na denúncia.

De acordo com a PGR, a suposta organização criminosa estava "enraizada na própria estrutura do Estado" e tinha "forte influência de setores militares".

Outros denunciados

Além de Bolsonaro, a denúncia da PGR também atinge o ex-ministro e ex-candidato a vice-presidente em sua chapa, o general Braga Netto, e seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, que firmou um acordo de delação premiada.

Entre os denunciados por golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa, estão alguns dos mais próximos auxiliares do ex-presidente:

O deputado federal Alexandre Rodrigues Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
 
O ex-comandante da Marinha durante o governo Bolsonaro, Almir Garnier Santos.
 
O ex-ministro da Justiça Anderson Gustavo Torres.

O general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional.

O general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, ex-ministro da Defesa.

Também foi indiciado Valdemar da Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), legenda de Bolsonaro.

Fonte: O Globo

Compartilhe:

Comentar

0 Comentários

  1. Nenhum comentário registrado para esta matéria. Seja o primeiro!

Veja Também