Oposição classifica medidas cautelares contra Bolsonaro como perseguição
No cenário político piauiense, membros da oposição também se posicionaram em relação às medidas
Oposição critica medidas cautelares contra Bolsonaro / Foto: Andressa Anholete/Agência Senado
Durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (18/07), líderes da oposição no Congresso Nacional se posicionaram em relação às medidas cautelares estabelecidas para Jair Bolsonaro autorizadas pelo ministro Alexandre de Morais do Supremo Tribunal Federal (STF).
’Perseguição explícita a opositores do governo, censura, restrições às liberdades, violação ao devido processo legal, cerceamento do direito de defesa, violação de prerrogativas de advogados e também de prerrogativas de parlamentares, capitulação das Forças Armadas, com perseguição à oficiais da mais alta patente e cortes sucessivos no seu orçamento e, sobretudo, um Congresso anulado nas suas funções legislativas e subjugado por outro poder, no caso, o poder Judiciário’’, pontuou o líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ).
Além disso, os parlamentares afirmaram que irão solicitar na próxima segunda-feira (21/07) ao presidente do Congresso, Davi Alcolumbre, o cancelamento do recesso para tratar do assunto. No entanto, Alcolumbre afirmou que o recesso parlamentar irá continuar e que as atividades legislativas só retornam em agosto.
Piauí
No cenário político piauiense, membros da oposição também se posicionaram em relação às medidas. O senador Ciro Nogueira (PP), afirmou que o ex-presidente Bolsonaro não representa ‘’nenhum risco para a sociedade’’ e o caracterizou como um ‘’homem de bem’’ em uma postagem nas redes sociais.
“Eu lamento a decisão profundamente. Na prática, é como se o presidente Bolsonaro, que é um homem de bem, já estivesse cumprindo a pena antes do julgamento. Ele jamais sairia do país e não representa, como nunca representou, nenhum risco para a sociedade. Dezenas de milhões de brasileiros irão dormir com a sensação de que o presidente Bolsonaro merece mais, e não menos, apoio; mais, e não menos, admiração; mais, e não menos, lealdade por tudo que representa e pelo sofrimento que está passando’’, pontuou.
O deputado federal pelo Progressistas, Júlio Arcoverde, afirmou que as medidas seriam uma perseguição ao ex-presidente.
“Estão impedindo Bolsonaro até de falar com os próprios filhos. Colocaram tornozeleira, impuseram silêncio e monitoramento. Isso não é justiça. É perseguição. No Brasil, primeiro se pune, depois (quem sabe) se julga. Hoje é com o Bolsonaro. Amanhã, com quem?’’, comentou.
Fonte: Agência Senado
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