Kléber Eulálio confirma que abriu mão de presidir TCE para viabilizar o filho na Alepi
O conselheiro abriu mão do cargo em nome de um acordo político que envolve a presidência da Alepi
Conselheiro do TCE-PI, Kléber Eulálio, ao lado do filho / Foto: divulgação
O conselheiro Kléber Eulálio confirmou nesta sexta-feira (11) que abriu mão da Presidência do Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI) devido a uma questão política que envolve a presidência da Assembleia Legislativa do Piauí. Ele disse que tomou a decisão após seu filho, o deputado estadual Severo Eulálio, ser escolhido pelo MDB para disputar a Presidência da Alepi.
Nos bastidores, sabe-se que houve um acordo para viabilizar a candidatura de Severo Eulálio na Alepi. No tradicional rodízio de presidentes feito pelo TCE-PI, seria a vez de Kléber Eulálio, mas ele abriu mão para viabilizar o filho na busca pelo comando da Assembleia .
“Aqui [no TCE-PI] quem assume a presidência é o conselheiro Kennedy Barros. Pelo nosso rodízio que fazemos, pelo entendimento que temos aqui, somos 7, não há qualquer tipo de divergência entre nós. Eu deveria ser o presidente, mas a partir do momento que meu filho foi escolhido pelo seu partido para disputar a Presidência da Assembleia, achei por bem não pleitear a Presidência do tribunal”, afirmou.

Embora não haja impedimento legal, o conselheiro preferiu abdicar do cargo e "passar a vez" para Kennedy Barros no rodízio do TCE-PI. Ao Lupa1, Kleber justificou a decisão alegando preocupação com possíveis especulações que poderiam surgir acerca da lisura das ações do TCE-PI caso ele fosse presidente do tribunal e o filho presidente da Alepi, já que é o TCE quem fiscaliza e julga contas do Poder Legislativo.
“Acho que poderiam surgir algumas especulações de um eventual comprometimento político, poderia ser colocada em dúvida a lisura das ações do tribunal”, continuou.
Ao ser questionado se houve alguma reunião com deputados para definir a composição do TCE, Kleber se esquivou e disse apenas que se reuniu com seus pares do TCE.
“Aqui eu seria o próximo presidente, depois o Kennedy, depois a Waltânia. Então chamei meus colegas e expliquei os motivos pelos quais eu não poderia ser agora”, finalizou.
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