• Sábado, 27 de Abril de 2024

Governo suspende portaria que restringe trabalho aos domingos e feriados

Norma alterava regra editada em 2021 que visava facilitar o funcionamento de comércios em feriados

Comércio de Picos parcialmente fechado / Foto: José Maria Barros

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou na noite desta quarta-feira que a portaria que restringe trabalho aos feriados será revogada. Um novo texto será editado, para entrar em vigor em março, e, em paralelo, será criado um grupo de trabalho para discutir o conteúdo do texto. Até lá, ficará em vigor a lei anterior, que facilita o trabalho nessas datas.

“Passa a valer o que era antes, a portaria de 2021. Vamos editar uma nova, que entrará em vigor em março. Até lá, vamos negociar. Pode ser que o texto fique igual, pode ser que seja alterado” - afirmou.

Segundo ele, houve entendimento errado da portaria, que irá restringir apenas os feriados, e não os domingos. Uma nota será divulgada pelo Ministério com mais detalhes sobre a decisão.

“Estamos falando de portaria que regula processo de funcionamento do comércio aos feriados, tão somente. Ela é clara e transparente, os domingos estão legislados por lei. Uma portaria de 2021, essa sim contrariando a lei, deu entendimento que os feriados também não teriam necessidade e o patrão da loja poderia na véspera falar para ir trabalhar” - afirmou.

Comércio de Picos parcialmente fechado/Foto: José Maria Barros.
 

Entenda o caso

No último dia 15, o Ministério do Trabalho editou uma portaria determinando que setores do comércio e serviços só possam funcionar aos feriados se houver negociação com sindicatos ou lei municipal permitindo.

A norma alterava uma regra editada em 2021 que visava facilitar o funcionamento de comércios em feriados e que dispensava a convenção coletiva ou lei municipal para permitir o trabalho nesses dias.

No Congresso, parlamentares já se articulavam para derrubar a portaria. Deputados da Frente Parlamentar do Comércio e Serviços queriam votar um decreto legislativo que suspendia a portaria.

Fonte: O Globo
 

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