Disputa pela presidência da Alepi acirra os ânimos entre PT e MDB

Os dois partidos da base governista estão em pé de guerra pela presidência da Assembleia Legislativa

Deputados Franzé Silva e Severo Eulálio estão na disputa / Foto: divulgação

O clima esquentou de vez na Assembleia Legislativa do Piauí, onde PT e MDB estão em pé de guerra pela cadeira de presidente da Casa. Nas redes sociais e nas aparições nas TVs, deputados dos dois partidos trocam farpas.

O deputado Flávio Júnior (PT) afirmou em entrevista à TV Cidade Verde, nesta segunda-feira (19), que o MDB "não tem coragem" de apoiar uma candidatura da oposição, como vem sendo divulgado nos bastidores políticos.

A candidatura da oposição a ser lançada com apoio do MDB seria a do deputado Wilson Brandão, do Progressistas, partido que faz oposição ao governo desde que rompeu com Wellington Dias, passando por Regina Sousa e, a partir de1º de janeiro de 2023, Rafael Fonteles - palavras do próprio ministro da Casa Civil, senador Ciro Nogueira, que prometeu quatro anos de oposição.

Flávio Júnior garante que Franzé Silva tem 20 votos - 12 do PT e mais oito dos outros partidos, inclusive do próprio MDB - para ser o próximo presidente da Alepi sem precisar do seu principal aliado, o MDB.

O pestista de primeira pena confirmou que é passado, fez água, foi pro saco, o acordo proposto pelo PT - para a alternância de poder na presidência da Assembleia com o MDB. O PT, avisou, vai para o embate, Seja o candidato do MDB ou da oposição. E vai disputar a eleição em 2025 para permanecer não dois, mas os quatro anos da próxima legislatura na presidência da Alepi, sem dividir a cadeira com ninguém.

O deputado estadual Henrique Pires (MDB) chamou de "deboche" a fala de Flavinho. "Uma entrevista com ar de soberba, até um certo deboche, para com o MDB, não é bom! Eu e a população vimos deboche", disparou Henrique.

O emedebista depois "passou o pano". "O deputado Flávio foi muito bem votado, tem pai que é deputado federal, ele é forte até por natureza. Mas eu acredito sempre no consenso, havendo sempre respeito aos colegas da casa. Acho que haverá um desfecho positivo. Qualquer deputado, até de primeiro mandato, pode colocar o nome para disputar a Assembleia. Um direito do PT querer o comando do legislativo estadual. A parceria sempre existiu", amenizou.