• Sexta-Feira, 26 de Abril de 2024

Professores em greve acampam em frente ao Palácio de Karnak

A categoria deflagrou greve no dia 10 de fevereiro e se recusa a iniciar o período letivo antes que haja uma negociação

Em greve professores do estado montam acampamento em frente ao Karnak / Foto: Ascom

Cerca de 150 professores da rede estadual iniciaram nesta quarta-feira (4) acampamento em frente ao Palácio de Karnak, sede do governo do Estado. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte), a manifestação quer forçar um diálogo com o governador sobre a greve da categoria, que já dura quase um mês.

Os professores reivindicam que o reajuste referente a 2019 no valor de 4,17%  seja aplicado no contracheque da categoria e um reajuste para 2020 no valor de 12,84%. A proposta do governo foi de aplicar o reajuste em forma de auxílio alimentação.

"Estamos montando esse acampamento da resistência por tempo indeterminado e só vamos sair daqui quando o governador Wellington Dias apresentar uma proposta viável para 2019 e 2020", afirmou a presidente do Sinte, Paulina Almeida.

A categoria deflagrou greve no dia 10 de fevereiro e se recusa a iniciar o período letivo antes que haja uma negociação. 

Decisão de montar acampamento foi tomada em assembleia/Foto: Ascom.
 

"O governo enviou uma proposta à Assembleia Legislativa mas está condicionada à LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) e não tem data de entrar no nosso contracheque. Sem contar que a proposta é para o auxílio alimentação que não contempla os aposentados e pensionistas. A proposta não atende à demanda da categoria", afirmou Paulina.

A movimentação deve continuar nesta quinta-feira (5) nas imediações no Karnak. Segundo o Sinte, 85% da categoria está parada. O sindicato garante que o movimento não vai afetar os 200 dias letivos previstos em lei. 

Transporte escolar e merenda

Outra pauta de reclamação dos professores diz respeito ao transporte escolar. A professora de José de Freitas, Gorete Campos, conta que adesão à greve no município é alta.

"Agora no final do último período letivo, muitos estudantes estavam fazendo  vaquinha, pedindo dinheiro aos professores pra poder pegar ônibus ou pra por gasolina na moto porque o transporte escolar não estava funcionando. Sem contar a merenda, os estudantes vêm da zona rural e só tem biscoito com leite na escola", reclama a professora.
 

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