• Sexta-Feira, 26 de Abril de 2024

Professores da rede estadual decretam greve por tempo indeterminado

Categoria reivindica reajuste dos servidores de 2019 e 2020 que chegam a 17,01% e foi negado pelo governador Wellington Dias

Servidores da Educação aprovam greve / Foto: Ascom

Os trabalhadores da educação básica do Piauí aprovaram hoje, 4 de fevereiro, por unanimidade, o dia 10 de fevereiro para o início da greve geral da educação. A categoria reivindica os reajustes de 2019 e de 2020, somando um percentual de 17,01% .

Participantes da assembleia/Foto: Ascom sinte-Piauí.
 

O resultado da assembleia mostrou o grau de indignação da categoria. O governo do Estado não cumpriu Acordo de pagamento do reajuste de 4,17% dos trabalhadores em educação referente ao ano de 2019 com a implementação no vencimento dos servidores ativos da educação. 

Em 2019 os aposentados não receberam nenhum reajuste. Para 2020, o reajuste anunciado é de 12,84% para professores e funcionários de escola, ativos e aposentados. Em 2019 o valor do Piso era de R$ 2.557,74 e para 2020 o reajuste vai para R$ 2.886,22.

Assembleia dos servidores da educação/Foto: Ascom sinte-Piauí.
 

Greve

O primeiro dia de greve será um Aulão na Rua. Todos os trabalhadores em educação, professores e funcionários, ativos e aposentados, estarão na porta do Palácio de Karnak a partir das 8h30 para protestar e dizer que as aulas só irão iniciar após o pagamento do Reajuste de 2019 e 2020.

No mesmo dia (10) os trabalhadores seguirão até a Unidade Escolar Monsenhor Raimundo Nonato Melo, no bairro Morada do Sol, zona leste de Teresina, onde o governador Wellington Dias fará a abertura do ano letivo, para protestar em defesa da educação pública estadual.

Trabalhadores cobram pagamento do piso salarial/Foto: Ascom Sinte-Piauí.
 

De acordo com a direção do Sinte-Piauí, o governo federal anunciou em janeiro, que de acordo com a Lei do Piso, o piso nacional do magistério passaria de R$ 2.557,74 para R$ 2.886,15. 

“Infelizmente, o massacre orquestrado contra a classe trabalhadora e a educação se acentua, com a maioria dos gestores, incluindo Wellington Dias, apresentando uma série de subterfúgios e desculpas para não cumprir a lei do piso, tentando mascarar a sua falta de compromisso com a educação pública”, denunciam os sindicalistas.

Sindicalista conclama categoria a lutar pelos seus direitos/Foto: Ascom Sinte-Piauí.
 

“Neste contexto, a deliberação da categoria na assembleia geral realizada na manhã desta terça-feira (4), de entrar em greve geral por tempo indeterminado a partir do próximo dia 10, sem começar, portanto, o período letivo, é legítima e consequente ao massacre a que está submetida”, defende o Sinte-Piauí.

O Sinte concluiu que o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), mantendo uma postura indigna com a sua trajetória como sindicalista e contrária à sua presunção de fazer um governo popular, continua arrochando os servidores em geral e, com uma maior regularidade, os trabalhadores em educação, inclusive precarizando ainda mais as condições de sobrevivência dos aposentados.

Trabalhadores em educação enfrentam governo de Wellington Dias/Foto: Ascom Sinte-Piauí


 

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