Vereadores são vaiados durante manifestação de pais de alunos na Câmara de Picos

Vaias foram durante pronunciamentos dos vereadores que apoiam projeto de reordenamento escolar

Vereadores Edilson Carvalho, Hugo Victor e José Luís foram os mais vaiados / Foto: José Maria Barros

POR JOSÉ MARIA BARROS/INFORMA PICOS

Vereadores da base do prefeito de Picos Pablo Santos (MDB) que apoiam o projeto de reordenamento escolar em curso foram vaiados por pais de alunos que lotavam as galerias da Câmara na sessão ordinária de ontem à tarde, 27 de fevereiro.

Contrários ao projeto de reordenamento escolar, dezenas de moradores de várias comunidades do interior lotaram as galerias da Câmara Municipal de Picos na tarde de ontem. Eles portavam cartazes com frases contestando a proposta e permaneceram calados até o vereador Edilson Alves de Carvalho (MDB) subir à tribuna.

No discurso, Edilson Carvalho endossou seu apoio ao projeto e insinuou que as pessoas que estavam se posicionando contra não estavam entendendo a iniciativa. Foi o suficiente para os moradores começarem a vaiar o parlamentar.

Após o vereador repreender os manifestantes e dizer que eles não podiam se manifestar, muitos deles deixaram o plenário em protesto, mas, retornaram pouco tempo depois e permaneceram até o final da sessão por volta das 17 horas.

Ao longo da sessão, outros vereadores da base aliada do prefeito Pablo Santos foram vaiados, dentre eles José Luís de Carvalho (MDB), que a exemplo do colega Edilson Alves também fez uma defesa enfática da proposta de reordenamento escolar durante um aparte. Daí em diante, toda vez que ele falava as vaias voltavam com mais intensidade.

Logo que subiu à tribuna e começou o seu discurso defendendo o projeto do Executivo, o vereador Hugo Victor (MDB) começou a sair vaiado. Ele enfrentou os manifestantes chamando-os de sem educação, mas, com o aumento das vaias encerrou seu pronunciamento quando ainda estava na metade do tempo disponível.

Embora com menor intensidade, as vereadoras Dalva Mocó (PSB) e Creusa Nunes (MDB) também foram vaiadas. Temendo acontecer o mesmo com eles, Antônio Moura (PCdoB), João Rufino (MDB), Valdívia Santos (PT), Maté PSB) e Wellington Dantas (PT) preferiram não fazer uso da palavra.