Vereador denuncia fraude na aprovação de título de cidadão picoense para Florentino Neto

José de Arimateia Luz, o Maté (PSL), usou a tribuna da Câmara de Picos na última sessão para denunciar a fraude

Maté denuncia fraude em título de cidadão picoense para Florentino Neto / Foto: José Maria Barros

Por José Maria Barros

O vereador José de Arimateia Luz, o Maté (PSL), usou a tribuna da Câmara Municipal de Picos na sessão da última quinta-feira, 26 de setembro, e denunciou fraude na aprovação do projeto decreto legislativo concedendo o título de cidadão picoense ao secretário estadual de Saúde, Florentino Neto (PT).

De autoria da vereadora Valdívia Santos (PRP), o projeto decreto legislativo havia sido aprovado em primeira discussão em 29 de agosto, com doze votos a favor e um contra. A matéria foi votada em segunda discussão no último dia 19 de setembro e, segundo divulgou a mesa diretora da casa, aprovada com dez votos a favor e três contra.

Denúncia de fraude
    
Na sessão da última quinta-feira, 26, o vereador Maté usou a tribuna e denunciou que houve fraude na aprovação do projeto decreto legislativo concedendo o título de cidadania picoense ao secretário estadual de Saúde, Florentino Alves Vera Neto (PT).
    
“Quero dizer para a vereadora Valdívia que foi fraudado o título de cidadão [picoense] do secretário de Saúde do Piauí [Florentino Neto]. Foram três votos contra e um branco. O voto branco foi contado como sim” – denunciou Maté.

Regimento interno
    
Pelo Regimento Interno da Câmara Municipal de Picos, para ser aprovado um projeto decreto legislativo concedendo o título de cidadania picoense tem que ter o voto favorável de, no mínimo, dez vereadores. Maté garante que em relação ao projeto de Florentino Neto apenas nove parlamentares votaram a favor, por isso, a matéria teria sido rejeitada.

O vereador Maté acusou a comissão apuradora dos votos de ter fraudado o resultado e justificou seu argumento. O próprio Maté disse que votou contra e o mesmo teriam feito os colegas Carlos Luís Nunes de Barros (PSDB) e Simão Carvalho Filho (PSD). José Luís de Carvalho votou em branco. Como só haviam treze vereadores, nove votaram a favor do projeto, número insuficiente para aprovação.

“Acho que isso é uma falta de respeito para com a população! Nós estamos aqui para representar o povo e conseguir fraudar a aprovação de um título de cidadão nessa casa. Quero deixar o meu repúdio, pois estamos aqui para representar o povo e não para enganar o povo. A comissão que apurou, os dois vereadores que apuraram, fraudaram na contagem dos votos” – denunciou Maté.

O parlamentar isentou o presidente da Câmara e reafirmou que a culpa é de quem contou os votos, de quem apurou os votos. “Quero deixar registrado aqui nessa casa que o título não foi aprovado, foi fraudado na Câmara Municipal de Picos. Fraudaram na apuração e isso é muito feio para os picoenses que estão sendo enganados” – ressaltou Maté.
    
Ele concluiu dizendo que as pessoas de fora acham que o título de cidadão picoense para o secretário Florentino Neto foi aprovado, mas, não foi. “Foram três votos contra, um branco e nove sim e na contagem apareceram dez votos favoráveis” – reafirmou Maté.

Promulgado
    
Como não houve nenhuma formalização da denúncia de fraude junto à mesa diretora da Casa ou a Secretaria da Câmara Municipal de Picos, o projeto decreto legislativo foi promulgado em 20 de setembro, um dia após a segunda votação em plenário.