• Quarta-Feira, 15 de Maio de 2024

Toffoli autoriza inquérito contra Moro por suposta fraude em delação

O inquérito tem como sua base as denúncias e depoimentos do empresário paranaense Tony Garcia

Senador Sérgio Moro / Foto: divulgação

A Procuradoria Geral da República (PGR) solicitou, e o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu autorização para iniciar uma investigação sobre o senador Sergio Moro (União-PR) e procuradores do Paraná. 

A investigação se concentra em possíveis irregularidades em um acordo de delação premiada estabelecido pela Justiça Federal do Paraná nos anos 2000, período em que Moro atuava como juiz. Com informações do Metrópoles.

O inquérito tem como base denúncias e depoimentos do empresário paranaense Tony Garcia, que foi quem fechou a delação premiada com Moro na época e hoje diz que cometeu crimes a mando do ex-juiz, que o teria ordenado gravar autoridades com foto privilegiado.

Garcia foi réu, acusado de fraude no Consórcio Nacional Garibald, no qual era um dos sócios. Ele foi condenado e ficou preso 81 dias, em 2006. Nas acusações que faz agora, garante ter sido usado por Moro e pelos procuradores do Ministério Público Federal em Curitiba para espionar e gravar outros investigados. Em julho do ano passado, o empresário divulgou nas redes sociais o áudio de uma suposta gravação de conversa com o ex-juiz, na qual os dois falam sobre a sentença que o então magistrado daria a ele.

O empresário fez a denúncia e prestou depoimentos para a Polícia Federal no ano passado. O material embasou o pedido da PGR pela abertura de um inquérito. Agora, com a autorização da abertura de inquérito, Moro e os demais citados terão a oportunidade de se defender.

Moro nega qualquer irregularidade e sempre busca desqualificar as acusações de Tony Garcia, que classifica como perseguição. O senador ainda não se manifestou sobre a abertura do inquérito e o espaço está aberto.

O inquérito corre sob sigilo e sua existência foi noticiada inicialmente pelo portal g1, mas confirmada pelo Metrópoles.

“Bem examinados os autos, verifico, diante da manifestação da Procuradoria-Geral da República que reproduz também a representação formulada pela Polícia Federal, mostra-se necessária a instauração de inquérito neste Supremo Tribunal Federal para investigação sobre os fatos narrados, nos exatos termos em que pleiteados, na medida em que demonstrada a plausibilidade da investigação de condutas, em tese, tipificadas como crime”, escreveu Toffoli, na decisão.

Fonte: Metrópolis

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