PF vai pedir extradição de foragidos que participaram dos ataques de 8 de janeiro
Suspeitos de atos antidemocráticos fugiram para o país vizinho e alguns pedem asilo ao governo Milei
Tentativa de golpe fracassou / Foto: divulgação
A Polícia Federal do Brasil está intensificando esforços para localizar e capturar foragidos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro, que escaparam para a Argentina. A ação é conduzida através da Adidância em Buenos Aires, que trabalha para identificar os suspeitos que entraram no país vizinho pelas fronteiras terrestres e aquáticas nos últimos meses.
A Polícia Federal anunciou que os pedidos de extradição serão formalizados através do Ministério da Justiça e Segurança Pública, em cooperação com o Ministério das Relações Exteriores e o Supremo Tribunal Federal.
Diligências indicam que alguns dos fugitivos pediram asilo ao governo argentino de Javier Milei, esperançosos devido à relação próxima entre Milei e o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em nota, a Polícia Federal informou: "A PF irá listar todos os condenados que possivelmente estejam na Argentina e encaminhar, via Ministério da Justiça e Segurança Pública, os pedidos de extradição." A corporação também mencionou que os nomes dos foragidos serão incluídos na Rede Anfast de capturas da Ameripol, uma organização internacional de polícia composta por países das Américas.
As investigações indicam que muitos entraram na Argentina sem passar pelo controle migratório, alguns a pé ou atravessando rios, e outros possivelmente escondidos em porta-malas de veículos. As ações de busca e captura são coordenadas com a inteligência argentina.
Na última quinta-feira, a PF prendeu 50 foragidos no Brasil, mas mais de 100 ainda estão sendo procurados.
A operação, que inclui a emissão de 169 mandados de prisão expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, está em andamento em 18 estados e no Distrito Federal. Além das detenções, a PF está reinstalando tornozeleiras eletrônicas em acusados que desobedeceram medidas cautelares, como o não comparecimento à Justiça e a mudança de endereço sem informar ao Judiciário.
Desde a deflagração da Operação Lesa-Pátria no ano passado, a Polícia Federal realizou centenas de prisões de indivíduos envolvidos nos ataques aos Três Poderes em Brasília. A operação permanece ativa e contínua, adaptando-se conforme as demandas judiciais e investigações em curso.
Os casos dos presos serão analisados pelo Supremo Tribunal Federal, que já conduz julgamentos no plenário virtual sobre os atos de depredação dos prédios públicos. As penas aplicadas variam conforme os crimes cometidos e o descumprimento de medidas cautelares pode resultar em prisão durante o processo judicial.
Fonte: Com informações do Correio Braziliense
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