• Sábado, 18 de Maio de 2024

Irmão é preso suspeito de matar advogada Izadora Mourão a facadas em Pedro II

A principal suspeita é que o crime possa ter ocorrido por questões de herança, mas o acusado nega

Irmão é acusado pela morte da advogada Izadora Mourão / Foto: Reprodução

O jornalista e bacharel em Direito, João Paulo Mourão, de 35 anos, foi preso em flagrante no final da tarde desta segunda-feira (15/02), por suspeita de matar a própria irmã, a advogada Izadora Santos Mourão, de 41 anos, na cidade de Pedro II. 

Após perícia e investigação, chegou-se ao nome do irmão da vítima como principal suspeito em assassinar Izadora. João Paulo foi preso dentro da própria casa e foi encaminhado à Central de Flagrantes de Teresina, onde deverá ter a prisão preventiva decretada.

A principal suspeita é que o crime possa ter ocorrido por questões de herança, o acusado negou as acusações durante a prisão.

Momento da prisão do suspeito/Foto: Reprodução.
 

O delegado afirmou que João Paulo é o autor material do crime e foi preso em flagrante em sua casa em Pedro II. “Ele foi preso, ele é o autor material do crime. Hoje mais cedo quando falei com vocês, disse que estávamos trabalhando porque já tínhamos uma suspeita, porque a história não batia com a dinâmica do crime”, declarou.

A faca utilizada no crime foi apreendida na residência de uma tia de João Paulo e Izadora Mourão. “Apreendemos a faca utilizada no crime que ele guardou na casa da tia após matar a moça. Ele foi autuado em flagrante”, disse o delegado Barêtta.

Mãe pode ter sido cúmplice

Ainda de acordo com a polícia, a mãe de Izadora e João Paulo pode ter sido cúmplice no crime, uma vez que, segundo o DHPP, ela teria procurado um álibi para tentar acobertar o jornalista.

Izadora Mourão foi morta a facadas dentro de casa/Foto: REprodução.
 

“A mãe dele, quando viu a moça morta, a primeira coisa que fez, em vez de ligar para a polícia, ligou para uma faxineira para ela [a faxineira] dizer que ele [João Paulo] estava dormindo, para criar um álibi”, apontou Barêtta.

A vítima foi achada morta a facadas dentro de quarto no último sábado (13/02). A princípio, a suspeita seria uma mulher que tinha entrado dentro do quarto da vítima.

Crime desvendado

"Nós trabalhamos com investigação criminal por diretrizes e um desses princípios é a possibilidade e a probabilidade, então quando o Secretário de Segurança e o delegado geral nos recomendou que enviássemos uma equipe para lá nós fizemos o trabalho inclusive entrevistando pessoas e durante esse trabalho eles viram várias lacunas que tinham na investigação. O delegado procedeu novas diligências e requisitou novas perícias, inclusive a complementação do laudo cadavérico de exame de local de crime e partiu em outra diligência chegando a autoria material que é atribuída ao senhor João Paulo que é irmão da vitima,  o instrumento do crime foi apreendido, ele após o crime entregou a faca na casa de uma tia e a tia após saber que o DHPP estava na cidade, temendo que a polícia chegasse a ela, como chegaria e como chegou, ela simplesmente chamou ele e devolveu a faca", afirmou Baretta.

Baretta acrescentou ainda que a mãe da advogada pode ter sido cúmplice do crime. "A partir das 07h do dia 13 de fevereiro nenhuma pessoa entrou naquela casa, nós procuramos ouvir pessoas, bem devagar, uma por uma, não encontramos. Inclusive a mãe deles quando verificou a moça já morta não se preocupou em ligar para a polícia tampouco pedir socorro, ligou para uma faxineira para que a faxineira falasse para a polícia que quando chegou lá ele estava dormindo", disse.

"No quarto dele foi encontrado sangue da moça, a advogada mesmo nos últimos instantes de vida ainda tentou fazer alguns movimentos para revelar que o assassino estava dentro de casa e nao estava longe dela. Ele está sendo autuado em flagrante delito, vai ser trazido para Teresina até por uma questão de segurança, vamos levar ao IML e após levar para a Central para que ele seja apresentado ao juiz para audiência de custodia. O inquérito está sendo bem conduzido pelo delegado Danúbio Dias", afirmou Baretta.

Sobre uma possível motivação do crime, Baretta declarou que a relação entre os dois não era boa e João Paulo sempre ameaçava a irmã. "A motivação não está bem explícita até porque eles tinham desavenças internas, ele inclusive ameaçava a irmã. Ele nega a autoria material do crime, mas as provas falam bem alto e nós não temos nenhuma dúvida que foi ele realmente que tirou a vida da advogada Izadora. Nós temos 10 dias para concluir o inquérito policial e outras diligências serão juntadas ao inquérito", finalizou.

 

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