Igreja de Picos celebra Festa da Exaltação da Santa Cruz na Rua do Cruzeiro

Realizada nesta quarta-feira, missa foi presidida pelo padre Pio Feitosa e reuniu dezenas de católicos

Missa reuniu expressivo número de católicos / Foto: José Maria Barros

POR JOSÉ MARIA BARROS/INFORMA PICOS

A Paróquia Nossa Senhora dos Remédios celebrou na noite desta quarta-feira, 14 de setembro, a Festa da Exaltação da Santa Cruz na rua do Cruzeiro, centro de Picos.

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A missa foi presidida pelo pároco da Paróquia Nossa Senhora dos Remédios, padre Pio Feitosa, e reuniu um numero expressivo de católicos, muitos deles antigos moradores da Rua do Cruzeiro.

Para que a celebração pudesse acontecer, parte da Rua do Cruzeiro foi interditada e foram colocadas cadeiras para acomodação dos fiéis. Foi montado também um pequeno palco onde o Padre Pio Feitosa comandou a missa.

Tradição retomada

Fazia cinquenta anos que a celebração não acontecia na Rua do Cruzeiro e, ao final, ficou acertado entre o pároco e a comunidade de Picos, o dia 14 de setembro para a Missa da Exaltação da Cruz naquela local.

A celebração da eucaristia no Cruzeiro data de 1913, quando ele foi erguido no local. A partir daquela data começou a veneração, onde as pessoas comparecem todo ano, fazem as suas orações, acendem velas e agradecem por graças alcançadas. 

“Hoje, dia 14 de setembro, a igreja comemora a Festa da Exaltação da Santa Cruz, então resolvemos com os moradores daqui e com toda a nossa paróquia celebrar a missa neste local e estou satisfeito com a presença dos fiéis, que compareceram em bom número” – destacou Padre Pio Feitosa.

Antes do início da celebração, um morador das redondezas da Rua do Cruzeiro leu a história daquele símbolo erguido no centro de Picos faz mais de 100 anos.

Histórico do Cruzeiro

A história do Cruzeiro começa em 1913, ano em que eram realizadas as Santas Missões no município de Picos. O momento contou com a participação de freis e padres vindos de fora.

Após o assassinato de um homem no trecho, crime que chocou a comunidade, o Bispo do Piauí, Dom Otaviano, ordenou que fosse cravado naquele local, um Cruzeiro, simbolizando a realização da Expedição Missionária, mas também a recordação daquele fatídico dia da morte brutal do indivíduo.

A primeira cruz colocada era simples e de madeira. Em decorrência das situações de queima, derrubada do cruzeiro, inundação em 1960, um morador identificado por José de Sousa Moura procurou o vigário Padre Madeira, a fim de solicitar ajuda da Igreja na edificação de um Cruzeiro de concreto e apoiado numa base reforçada.

Sem ajuda da igreja, que alegou não ter recursos, José de Sousa Moura e alguns vizinhos, dentre os quais Quincas Bezerra, Abraão da Luz, Pedro Claro, Zuzinha, Antônio da Luz, Pedro de Zeca, Zé Dimar construíram o Cruzeiro, ainda hoje ponto de referência em Picos.