• Domingo, 05 de Maio de 2024

Flordelis é condenada a 50 anos de prisão por assassinato do marido

A vítima foi morta a tiros ao chegar em casa de carro na noite de 16 de junho de 2019, em Niterói (RJ)

Acusada durante o julgamento / Foto: Brunno Dantas/TJRJ

Na manhã deste domingo (13), a ex-deputada federal, Flordelis dos Santos, foi condenada a 50 anos e 28 dias de prisão, em regime inicialmente fechado, pelo assassinato do ex-marido, o pastor Anderson do Carmo. O crime aconteceu em junho de 2019, na casa da família, em Niterói no Rio de Janeiro.

Flordelis foi considerada culpada pelo Tribunal do Júri de Niterói, pelo crime de homicídio triplamente qualificado, que recebeu os agravantes de motivo torpe, emprego de meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. O ex-marido foi morto a tiros ao chegar em casa de carro, na noite de 16 de junho.

De acordo com o Tribunal, o crime teria sido motivado porque a vítima mantinha rigoroso controle das finanças familiares e administrava os conflitos de forma rígida, não permitindo tratamento privilegiado às pessoas mais próximas de Flordelis em detrimento de outros membros da famílias, que somava mais de 50 filhos, entre biológicos, adotivos e afetivos.

Segundo o Ministério Público do Estado do Rio de janeiro, a ex-deputada foi apontada como responsável por planejar o homicídio de Anderson, convencendo o executor direto e os demais acusados a participarem do crime, pensando para parecer um latrocínio. As investigações indicaram que Flordelis financiou a compra da arma usada e avisou sobre a chegada da vítima no local em que foi executado a tiros.

A ex-deputada também foi condenada pelas tentativas anteriores de matar o marido, adicionando veneno em sua comida e bebida ao menos seis vezes. Nesse caso, o crime foi homicídio duplamente qualificado. O caso ainda envolve considerações por associação criminosa armada e dois anos de documento ideologicamente falso, uma carta em que um dos filhos aponta um culpado sabiamente falso pelo homicídio.

A defesa de Flordelis afirmou em nota que a condenação aconteceu “apesar de não haver provas”, e garantiu que recorrerá da sentença. “Entendo que a condenação foi indevida, eis que certamente se deu pela pressão da opinião pública formada desde o delito. Considerando que ocorreram diversas nulidades absolutas no decorrer do julgamento, informo que recorrerei da sentença, buscando que ocorra, futuramente, um julgamento justo”, disse a defesa, que acrescentou estar muito satisfeita com a absolvição de outros acusados.

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