• Quinta-Feira, 16 de Maio de 2024

Câmara de Picos ignora Plano de Imunização e inclui várias categorias como prioritárias

Vereadores picoenses jogam para plateia ao incluir vários segmentos no grupo prioritário para vacinação contra Covid-19

Projeto foi aprovado por unanimidade em duas votações / Foto: José Maria Barros

POR JOSÉ MARIA BARROS/INFORMA PICOS

Sem qualquer critério ou embasamento científico, a Câmara Municipal de Picos aprovou ontem, 22 de abril, projeto de lei que inclui várias categorias profissionais como prioritárias na vacinação contra a Covid-19.

A matéria, aprovada em duas votações por unanimidade, não levou em consideração o Plano Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde, que define quais as categorias profissionais estão inseridas nos grupos prioritários para vacinação contra Covid-19.

Projeto original é de autoria do vereador Chaguinha/Foto: José Maria Barros.
 

O projeto de lei original, de autoria do presidente da casa, Francisco das Chagas de Sousa, o Chaguinha (PTB); incluiu no grupo prioritário para vacinação contra a Covid-19 diversas categorias. Jornalistas, radialistas, apresentadores de rádio e tv, assessores de imprensa, comunicadores de som volante, garis e demais servidores responsáveis pela limpeza pública.

O projeto recebeu emenda dos vereadores José Rinaldo Cabral Pereira Filho, o Rinaldinho (MDB); Eriberto Leal de Barros Filho (PP), Francisca Celestina de Sousa, a Dalva Mocó (PTB) e Wellington Dantas (PT), acrescentando mais categorias ao grupo prioritário para vacinação contra a Covid-19.

Wellington Dantas (PT) foi um dos autores da emenda/Foto: José Maria Barros.
 

Pela emenda, foram incluídos os motoristas de ônibus coletivo, motoristas dos aplicativos, os taxistas, os agentes de trânsito e os funcionários de bancos públicos e privados.

Sem isolamento

Se levarmos em consideração que em Picos há pelo menos um mês não existe mais isolamento social, visto que os decretos emitidos pelo governador Wellington Dias (PT) têm sido descumpridos por completo, não tem justificativa para a Câmara definir grupo prioritário para vacinação contra a Covid, uma vez que todos os profissionais estão correndo os mesmos riscos de se contaminar.

É de se pensar o que levou mesmo o presidente da Câmara de Picos, Chaguinha, entender que um assessor de imprensa está mais exposto ao vírus do que um trabalhador do comércio, especialmente de supermercados e farmácias. O que dizer, então, dos feirantes, dos camelôs, dos carteiros, dos garçons, etc? Deve ser mesmo falta de assunto. É preferível que continuem distribuindo títulos de cidadania e dando nomes às ruas.
 

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