• Quinta-Feira, 18 de Abril de 2024

Tribunal do Júri condena a 24 anos de prisão acusado de assassinar mototaxista

Francisco Manoel da Silva, vulgo Chico Porém, vai cumprir a pena em regime fechado na Penitenciária de Picos

Réu foi condenado a 24 anos por homicídio duplamente qualificado / Foto: José Maria Barros

Matéria publicada originalmente pelo GP1

Por José Maria Barros

Em sessão de julgamento realizada nesta terça-feira, 13, o Tribunal Popular do Júri da Comarca de Picos condenou a 24 anos de prisão em regime fechado, o réu Francisco Manoel da Silva, o Chico Porém. Ele é acusado pelo assassinato do mototaxista Edilson Vrigulino Neto , crime ocorrido no início da noite de 7 de maio de 2004, na zona rural de Santana do Piauí.

Acusado presta depoimento/Foto: José Maria Barros.
 

O julgamento do acusado deveria ter acontecido no dia 6 de novembro do ano passado, mas, fora adiado a pedido da defesa e aceito pelo Ministério Público e pelo assistente de acusação, advogado Elias Cipriano.

Réu é interrogado/Foto: Ascom do MP.
 

Presidida pela juíza Nilcimar Rodrigues de Araújo, a sessão do Tribunal Popular do Júri terminou por volta das 11 horas da noite desta terça-feira, 13, quando foi lida a sentença, sendo o réu, Chico Porém, sendo condenado a 24 anos de reclusão em regime fechado. O Conselho de Sentença era formado por seis mulheres e um homem.

Sessão do Tribunal Popular do Júri de Picos/Foto: José Maria Barros.
 

Segundo o assistente de acusação, advogado Elias Cipriano, logo após a leitura da sentença a juíza Nilcimar Rodrigues decretou a prisão preventiva do condenado, que foi algemado e recambiado para a Penitenciária Regional José de Deus Barros, em Picos.

“Foi um crime bárbaro, sem qualquer chance de defesa para a vítima! O réu foi condenado por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe, uma sentença esperada pela família há mais de quinze anos. Foi feita justiça! – comentou o advogado Elias Cipriano, que atuou como assistente de acusação ao lado do representante do Ministério Público, promotor de justiçla João Malato Neto. Na defesa do acusado  o advogado Luís Bezerra. Ele disse que vai recorrer da sentença.

Assistente de acusação Elias Cipriano diz que foi feita justiça/Foto: José Maria Barros.
 

Entenda o caso

Na época do assassinato, 7 de maio de 2004, Edilson Virgulino Neto tinha 28 anos de idade e seu filho apenas três anos. Hoje o garoto tem 18 anos completados recentemente e mora com a mãe, que logo após o ocorrido mudou-se para outra cidade para que a criança não ficasse traumatizada.

O motorista Francisco Manoel da Silva, vulgo Chico Porém, hoje com 62 anos de idade, assassinou o mototaxista Edilson Virgulino Neto, 28 anos, no início da noite de 7 de maio de 2004, na zona rural de Santana do Piauí.

Familiares da vítima lutaram por mais de quinze anos em busca de justiça/Foto: José Maria Barros.
 

Segundo as investigações da Polícia, o crime fora cometido por ciúmes. Casado e pai de cinco filhos, o acusado mantinha um relacionamento extraconjugal com Francisca Jovita de Lima, conhecida como Tica Verdureira.

Promotor de justiça João Malato Neto (à esquerda) e assistente de acusação, Elias Cipriano/Foto: Ascom MP.
 

Esta, no entanto, vinha mantendo um relacionamento amoroso com um mototaxista identificado apenas pelo apelido de Matuto. No dia do crime, informa o assistente de acusação, advogado Elias Cipriano, Chico Porém armou uma emboscada e assassinou Edilson Virgulino Neto, que apenas tinha ido fazer uma “corrida” e deixar Tica Verdureira em casa.

Viúva do mototaxista nunca desistiu na busca pela justiça/Foto: José Maria Barros.
 

O acusado fugiu e somente foi preso onze dias depois após intensa investigação da Polícia, comandada pelo então delegado de Santana do Piauí, Cipriano Mourinha. Em depoimento, Chico Porém ainda tentou negar o crime, mas acabou confessando a autoria e justificou na época que matou o mototaxista por ciúmes da amante, Tica Verdureira.

Preso e recambiado para a Penitenciária Regional José de Deus Barros, em Picos, Chico Porém ficou apenas seis meses recolhido. No dia 18 de novembro de 2004 foi autorizado a responder ao processo em liberdade.

Sessão do Júri terminou depois das 22 horas/Foto: José Maria Barros.
 

Logo em seguida foi morar em São Paulo com a amante Tica Verdureira e lá permaneceu até vir se submeter ao julgamento pelo Tribunal Popular do Júri, quando acabou sendo condenado a 24 anos de prisão em regime fechado.

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