• Terça-Feira, 23 de Abril de 2024

Lava-Jato investiga relação de repasses da Oi a empresas ligadas a filho de Lula

Operação deflagrada nesta terça apura repasses de R$ 132 milhões da empresa de telefonia para Fabio Luis, filho do ex-presidente Lula

Filho de Lula é investigado em nova operação da Lava-Jato / Foto: Divulgação

Em uma nova fase da Operação Lava-Jato , a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público investigam pagamentos suspeitos de R$ 132 milhões da Oi para empresas ligadas ao filho do ex-presidente Lula, Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha . 

Segundo as apurações, parte desses recursos pode ter sido usada para a compra do sítio de Atibaia, também em benefício do ex-presidente. O sítio é pivô de uma das duas condenações já impostas a Lula na Lava-Jato, que tratou apenas do custeio de reformas na propriedade. 

Fabio Luis é sócio de Fernando Bittar , Kalil Bittar e do empresário Jonas Suassuna em pelo menos nove empresas. Bittar e Suassuna aparecem como proprietários dos dois terrenos que, juntos, formam o sítio de Atibaia. 

Agentes da PF cumprem mandado de busca e apreensão na OI, do Leblon Foto: Gabriel de Paiva / O Globo.
 

Segundo os investigadores, há a suspeita de que Bittar e Suassuna tenham utilizado parte dos valores recebidos do Grupo Oi/Telemar para a aquisição da propriedade. 

“A investigação se inicia a partir do aprofundamento de uma ação penal na qual o ex-presidente Lula foi denunciado e condenado por ter participado de um esquema criminoso que envolveu o repasse por duas empreiteiras de valores para reforma no sítio de Atibaia” - lembrou o procurador Roberson Pozzobon, do MPF. 

“A maior parte do dinheiro empregado para a aquisição (do Sítio de Atibaia) pode ter tido origem nos recursos repassados pelo grupo Oi/Telemar para um complexo de empresas criadas por Fabio Luis Lula da Silva, Jonas Suassuna, Kalil e Fernando Bittar” - continuou. 

Na operação desta terça-feira, a juíza Gabriela Hardt, substituta da 13ª Vara Federal de Curitiba, autorizou o cumprimento de 47 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Distrito Federal. 

De acordo com o despacho da juíza, ao analisar as movimentações bancárias de Fernando Bittar e Jonas Suassuna, o MPF identificou indícios de que o dinheiro usado por Bittar e Suassuna para a compra de propriedades rurais pode ter como origem recursos ilícitos recebidos por intermédio de empresas vinculadas a Oi/Telemar. 
 

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